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Fachin autoriza inquérito contra o deputado Aníbal Gomes

Objetivo da investigação é apurar se o parlamentar utilizou verba da Câmara para pagar despesas pessoais; peemedebista, réu na Lava Jato, nega irregularidades

Por Rafael Moraes Moura e Breno Pires
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) por suspeita de peculato. O objetivo da investigação é apurar se o parlamentar utilizou verba da Câmara para pagar despesas pessoais. Procurado, Gomes negou irregularidades e se colocou à disposição para ajudar nas investigações.

O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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“Recebo com tranquilidade (essa notícia), já que não pratiquei absolutamente nada e jamais fiz qualquer tipo de irregularidade com dinheiro da Câmara”, disse o deputado.

O inquérito contra Aníbal Gomes decorre de desdobramentos das investigações no âmbito da Operação Lava Jato. 

Réu. Em dezembro, a Segunda Turma do STF decidiu por unanimidade aceitar a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra Aníbal por envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobrás. Com o recebimento da denúncia, Aníbal Gomes – que é aliado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) – se tornou réu no âmbito da Operação Lava Jato e responderá à ação penal por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro.

Conforme a denúncia da PGR, o deputado é acusado de prometer pagamento de propina de R$ 800 mil ao então diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar as negociações entre a estatal e empresas de praticagem da Baixada Santista e de São Sebastião (SP) na Zona Portuária 16.

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