Fachin autoriza Cristiane Brasil a visitar Roberto Jefferson no Dia dos Pais

Deputada federal e o pai são investigados pela Operação Registro Espúrio, que apura fraudes na concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho

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Por Redação
Atualização:

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) a visitar seu pai, o presidente do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson, neste domingo, 12, Dia dos Pais. A decisão foi tomada na sexta-feira, 10. 

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Os dois são investigados pela Operação Registro Espúrio, que apura fraudes na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho, comandado pelo partido. A terceira fase da operação fez com que o então ministro Helton Yomura pedisse demissão. Ele era apadrinhado político do ex-deputado e de sua filha. 

O pedido para visitar o deputado federal cassado e um dos pivôs do mensalão neste Dia dos Pais foi protocolado pela defesa da parlamentar que está proibida de se reunir ou conversar com outros suspeitos, bem como com servidores do Ministério do Trabalho. 

Cristiane Brasil chegou a ser nomeada ministra da pasta em 3 de janeiro, mas diversas decisões da Justiça suspenderam a posse. Em fevereiro, um decreto anulou a nomeação. 

Roberto Jefferson e a filha, Cristiane Brasil Foto: André Dusek/Estadão

No mês passado, Fachin autorizou Cristiane a participar da reunião da executiva nacional do PTB, em 18 de julho. Apesar disso, o ministro estabeleceu que a deputada deveria cumprir as restrições impostas e exigiu que a congressista entregasse um relatório com o que fez durante a reunião. Também pediu uma declaração de que não manteve conversas particulares nem encontros reservados com os demais investigados. 

Caso semelhante

Em junho, a deputada obteve decisão favorável do ministro Edson Fachin que a permitiu a ir a aniversário do pai, mesmo diante da proibição que ele próprio lhe havia imposto quanto a falar com os demais investigados. O pai é também suspeito de dar ordens executadas no ministério. Sobre a decisão, Fachin disse na ocasião que se tratava de um “imperativo e humanamente compreensível dever familiar”.  / Com informações da Agência Brasil

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