13 de dezembro de 2021 | 10h28
Atualizado 13 de dezembro de 2021 | 12h06
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) comunicou nesta segunda-feira, 13, que irá se desfiliar de sua legenda atual e migrar para o Partido dos Trabalhadores (PT). A mudança será efetivada em “momento oportuno”, segundo o parlamentar.
Em nota, o senador disse ter analisado convites de siglas do campo progressista e escolhido o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suas políticas de inclusão social e “defesa dos direitos humanos”. O parlamentar vinha sendo cortejado pela legenda desde o início do ano. Em maio, ele recebeu o convite pessoalmente do líder petista durante reunião em Brasília. Os dois chegaram a discutir a possibilidade de o senador disputar o governo do Espírito Santo pelo PT.
"Pretendo somar esforços para que o país retome sua trilha de desenvolvimento, pleno emprego, defesa dos direitos humanos, proteção e oportunidade aos mais pobres, apoio do Estado às maiorias minorizadas, combate a todo tipo de desigualdade, investimento em saúde e educação”, escreveu o parlamentar ao comunicar sua decisão. Contarato afirmou ainda que os erros do partido “foram investigados e devidamente punidos pela Justiça”.
Nas redes sociais, o ex-presidente Lula comemorou a filiação e deu as boas-vindas ao senador. O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Bohn Gass, também se manifestou: "(Contarato) qualifica ainda mais nossa bancada do PT no Senado", escreveu.
Fiquei muito feliz companheiro @ContaratoSenado com a sua filiação ao PT, para se juntar a nós na luta pela reconstrução de um Brasil mais justo e feliz, com democracia, emprego e ninguém passando fome. https://t.co/snjN69yiuM — Lula (@LulaOficial) December 13, 2021
Seja muito bem-vindo ao PT, caríssimo senador Fabiano Contarato. Estou certo de que sua postura corajosa, transparente, lúcida e propositiva, qualifica ainda mais nossa bancada do @PTnoSenado. @ContaratoSenado pic.twitter.com/sWqI4KUkbO — Bohn Gass (@BohnGass) December 13, 2021
Capixaba, Contarato foi o primeiro senador a assumir publicamente sua homossexualidade. Em 2021, se destacou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por sua atuação técnica, a partir da experiência como delegado no Espírito Santo, e pelo embate direto com o depoente Otavio Fackhoury, de quem foi alvo de um ataque homofóbico nas redes sociais.
O senador está na metade de seu mandato, ou seja, não precisa necessariamente disputar a próxima eleição para manter a carreira política. O PT é aliado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que deve disputar a reeleição; a costura em torno de alianças no Estado está apenas começando.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.