PUBLICIDADE

Extradição de Pizzolato voltou à estaca zero, diz advogado

Corte de apelações de Bolonha adiou para 28 de outubro decisão sobre caso de ex-diretor do BB, condenado por envolvimento no mensalão

Por Andrei Netto
Atualização:

Bolonha - O advogado que representa o Ministério Público Federal do Brasil na Corte de Apelações de Bolonha, na Itália, Michele Gentiloni, afirmou nesta quinta-feira, 5, que a análise do pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato voltou à estaca zero. Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento no mensalão, mas fugiu para Itália no ano passado.

PUBLICIDADE

Após três horas de audiência, com a presença do brasileiro, uma nova sessão foi marcada para o dia 28 de outubro, com o intuito de dar mais tempo ao governo brasileiro de comprovar que as prisões do país respeitam os direitos humanos e não representam ameaça ao eventual extraditado. "Não se entrou na discussão da extradição propriamente dita. Só foram analisadas questões de processuais", disse Gentiloni.

Pizzolato fugiu do País após ter pedido de prisão expedido em novembro. Em fevereiro, o ex-diretor foi capturado em Maranello, a 332 quilômetros de Roma, onde vivia com passaporte em nome de um irmão já morto.

O pedido de extradição se baseia em documentação enviada pelo MPF, nas quais também constam fotos de instituições penais brasileiras nas quais Pizzolato poderia cumprir pena caso seja de fato enviado ao Brasil. A defesa do ex-diretor do BB argumenta que, porque dispõe de nacionalidade italiana, ele não pode ser extraditado pelas autoridades italianas. Outra alegação é que Pizzolato teria sido vítima de um julgamento político.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.