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Explicação de Dilma sobre PAC no Senado é adiada

A visita da ministra será em 7 de março, com a presença de Paulo Bernardo

Por Agencia Estado
Atualização:

A visita da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Senado para explicar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi adiada para 7 de março. A audiência estava marcada para esta quinta-feira, 15, na Comissão de Infra-estrutura. Dilma foi convidada pelo presidente da comissão, Marconi Perillo (PSDB-GO). A assessoria do senador também confirmou a presença de Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, no dia 7. Na última terça-feira, a ministra foi à Câmara junto com Bernardo e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para explicar o programa do crescimento. Em sua exposição, Dilma reforçou a necessidade de fortalecer a regulação no País para garantir maior competitividade. E destacou ainda que o Brasil não pode abandonar o protagonismo no setor de produção dos chamados combustíveis verdes. A ministra destacou que para que o PAC seja possível é fundamental a melhoria da infra-estrutura brasileira que garanta um crescimento economicamente viável e ecologicamente correto. Para isso, afirmou, será necessário eliminar os gargalos de infra-estrutura que hoje impedem o aumento da produtividade. Ela reconheceu que o Brasil tem infra-estrutura inadequada e oferta ineficiente de alguns serviços, e citou o caso de energia elétrica. Mostrou que o PAC prevê investimentos de infra-estrutura em todas as regiões do Brasil, permitindo a superação de desequilíbrios regionais. Dilma também destacou a importância do investimento privado nas obras de infra-estrutura. O PAC - anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 22 de janeiro deste ano - prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010 em infra-estrutura: estradas, portos, aeroportos, energia, habitação e saneamento. O objetivo é destravar a economia e garantir a meta de crescimento de 5%. Mantega e Bernardo Durante sua apresentação na Câmara, Mantega destacou as conquistas do governo na economia e afirmou que o PAC só é possível porque o Brasil está com fundamentos econômicos fortalecidos, como o da estabilidade monetária. Para ele, é preciso trabalhar para dar mais competitividade às empresas brasileiras tanto para disputa no mercado interno como para a melhor concorrência no mercado internacional. Mantega destacou ainda que a inflação abaixo do centro da meta cria um cenário favorável ao crescimento econômico e disse que o Brasil "conseguiu reduzir sua vulnerabilidade externa ao menor nível de todos os tempos" e lembrou que as reservas internacionais brasileiras já atingiram a marca de US$ 94 bilhões. Já Bernardo concentrou sua fala na melhora das contas da Previdência, uma das metas do PAC. Ministro destacou também que são medidas fiscais de longo prazo o controle da despesa com pessoal (IPCA mais 1,5% ao ano) e a regra de reajuste do salário mínimo pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Colaboraram Adriana Fernandes e Fabio Graner

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