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Expectativa de vida do brasileiro sobe para 71,3 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

A expectativa de vida do brasileiro subiu para 71,3 anos em 2003, segundo divulgou hoje o IBGE. Houve um aumento de 0,8 anos em relação à expectativa de 2000 (70,5 anos) mas, segundo o instituto, "o patamar desse indicador poderia ser superior em 2 ou 3 anos, não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por violência". Segundo o documento de divulgação da tábua de mortalidade do IBGE, o Brasil por algum tempo experimentou declínios nas taxas de mortalidade em todas as idades mas, a partir de meados dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas (violência) passaram ter um papel de destaque sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, especialmente dos adultos jovens do sexo masculino. Ainda de acordo com o IBGE, a mortalidade infantil caiu 8,6% em 2003 em relação a 2000 e foi estimada em 27,5 óbitos de crianças menores de um ano por mil nascidos vivos. O IBGE observou também que, ao considerar que no Japão a vida média já é superior a 81 anos, a esperança de vida no Brasil de pouco mais que 71 anos "ainda é relativamente baixa" e, de acordo com a projeção mais recente da mortalidade, somente por volta de 2040 o Brasil alcançaria o patamar de 80 anos de esperança de vida ao nascer. A expectativa de vida ao nascer de 71,3 anos coloca o Brasil na 86ª posição no ranking da ONU, considerando as estimativas para 192 países ou áreas no período 2000-2005. Em 23 anos, esperança de vida aumentou 8,8 anos O levantamento das tábuas de mortalidade do IBGE revelou que, entre 1980 e 2003, a esperança de vida ao nascer, no Brasil, elevou-se em 8,8 anos: mais 7,9 anos para os homens e mais 9,5 anos para as mulheres. Em 1980, uma pessoa que completasse 60 anos de idade teria, em média, mais 16,4 anos de vida, perfazendo 76,4 anos. Vinte e três anos mais tarde, um indivíduo na mesma situação alcançaria, em média, os 80,6 anos. Aos 60 anos de idade os diferenciais por sexo já não são tão elevados comparativamente ao momento do nascimento, segundo o IBGE: em 2003, ao completar tal idade, um homem ainda viveria mais 19,1 anos, enquanto uma mulher teria pela frente mais 22,1 anos de vida. Políticas de saúde pública reduziram mortalidade infantil Entre 1980 e 2003 e entre 1991 e 2003 as quedas na mortalidade infantil foram de, respectivamente, 60,2% e 39,0%. Segundo o documento de divulgação das tábuas de mortalidade, o recuo nas mortes infantis é resultado de diversas políticas de saúde pública implantadas no País. Como exemplos mais recentes, o IBGE cita as campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, aleitamento materno e agentes comunitários de saúde. Apesar dos avanços, o IBGE observa que a mortalidade infantil no Brasil, em torno de 27 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, em 2003, ainda é alta, considerando-se a taxa correspondente dos países do cone sul, por exemplo. Entretanto, ainda segundo o instituto, "a queda é inegável", tendo em vista que por volta de 1970 a taxa estava próxima de 100 por mil nascidos vivos.

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