30 de novembro de 2011 | 18h37
"Eles entraram e pediram para que eu saísse", disse Martins. Raoni também participou do ato de retirada do substituto. Os kaiapós querem a revogação da portaria de exoneração do cacique publicada em 28 de outubro. Megaron é sobrinho do cacique Raoni, um dos mais influentes das comunidades indígenas do País. Por telefone, os kaiapós disseram que "até agora a Funai de Brasília não se manifestou".
Em nota, as lideranças indígenas dizem que querem e pedem que "Megaron Txucarramãe continue à frente do cargo de Coordenador Regional de Colider-MT por entender que ele é a pessoa mais apropriada para defender e lutar por nossos interesses e direitos, como sempre vem realizando, sem medir nenhum esforço para realização dessas ações".
Para eles, a saída do cacique é um golpe na luta em defesa das causas indígenas: "A Funai não tem conseguido representar nem defender os índios, e agora, exonera um índio que, dentro da Funai, defendia os índios. Prova dessa insatisfação geral é que várias nações indígenas estão se manifestando contra essa decisão".
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