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Executivos de todo o País mantêm familiares

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Por Redação
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A última grande rede de nepotismo do País começa a se desfazer. Pressionado pela súmula do STF, o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) demitiu na semana passada a esposa, Maria Clay Moreira Lago, sua secretária particular desde o início da gestão. Também foram exonerados o irmão do governador, Wagner Lago, secretário da Representação Institucional do Maranhão em Brasília, e a filha dele, Lívia Oliveira Lago, secretária-adjunta do próprio pai. A lista de demissões inclui o assessor especial da Secretaria Extraordinária de Minas e Energia, Eduardo José do Carvalho Lago, e o assessor da Corregedoria-Geral do Estado, José Ruy Raposo Moreira Lima, irmão de Clay Lago. Outros parentes resistem nos cargos, entre eles o secretário-chefe da Casa Civil, Anderson Lago, primo do governador, e a irmã da primeira-dama, Maria Cristina Lima, secretária particular de Jackson. O governador apega-se a um parecer da Procuradoria-Geral do Estado para não se desfazer de todos os parentes. No Paraná, o governador Roberto Requião (PMDB) usou uma brecha na súmula para manter a família em cargos públicos. O STF ratificou a legalidade do ato que nomeou o irmão, Eduardo Requião, secretário dos Transportes, acumulando também a administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, que ocupa desde 2003. A mulher do governador, Maristela Requião, foi mantida na diretoria do Museu Oscar Niemeyer. Outros parentes foram demitidos. Em Alagoas, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) mantém a irmã Fernanda Vilela no cargo de secretária da Fazenda. Ele alega que se trata de cargo político, não atingido pela súmula. A Secretaria de Administração do Piauí elabora um relatório com os nomes dos prováveis demitidos. A decisão será tomada pelo governador Wellington Dias (PT). O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), exonerou 35 servidores. No governo do Amazonas, estão lotadas uma irmã e uma sobrinha do governador Eduardo Braga (PMDB), mas ambas são concursadas. O governo de Minas exonerou 49 servidores de secretarias e órgãos públicos do Estado, além de 10 funcionários de estatais. O governador Aécio Neves (PSDB) criou um cadastro para detectar possíveis relações de parentesco. A Prefeitura de Belo Horizonte demitiu o filho do atual presidente da Câmara, Totó Teixeira (PR). O coordenador da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Geraldo Ferreira, informou que ainda existem pendências nas administrações estadual e municipal, que têm, respectivamente, cerca de 12 mil e 3 mil cargos comissionados.

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