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Executivo sueco quer apressar acordo final para venda de caças ao Brasil

Presidente da Saab reúne-se com a presidente Dilma e espera finalizar negociação em menos de 12 meses; objetivo da companhia é entregar as 36 aeronaves a partir de 2018

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Por Redação
Atualização:

Davos - O presidente da empresa sueca Saab, Hakan Buskhe, afirmou nesta sexta-feira, 24, que a empresa está comprometida a entregar 36 caças ao Brasil a partir de 2018 e espera um acordo final em menos de doze meses. O executivo se reuniu nesta sexta com a presidente Dilma Rousseff, no primeiro encontro entre o governo e a cúpula da empresa desde o anúncio da compra das aeronaves, em Brasília, em dezembro do ano passado.

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"Vamos honrar o que oferecemos", afirmou o sueco. "Na nossa oferta inclui a transferência de tecnologia e vamos cumprir isso", disse. "Vamos começar já a negociar e plantas vão ser erguidas", disse o executivo. "Queremos uma parceria estratégica com o Brasil", insistiu.

A Saab quer um acordo no prazo mais rápido. "Não vamos esperar. Estamos discutindo com o cliente", disse. O executivo acredita que um acordo final pode ser assinado em menos de 12 meses. Mas se recusou a falar se preferiria que o entendimento com Dilma fosse fechado antes das eleições.

Um dos pontos a ser debatido é como entregar os 36 aviões para o Brasil e ainda atender a Força Aérea sueca, que também já havia feito encomendas para 2018. "Provavelmente podemos entregar ambos. Mas é uma discussão que teremos de ter com o Brasil", disse.

"O ritmo será determinado pelo Brasil", disse. No dia 29 de janeiro, a Embraer e a Saab se reúnem no Brasil para começar a detalhar a parceria.

Ele admite que existe a possibilidade de que modelos mais simples do Gripen sejam alugados ao Brasil enquanto as entregas do produto final não ocorre. Mas explica que essa será uma negociação entre os governos de Dilma e da Suécia. "Não temos aviões disponíveis", afirmou.

Segundo Buskhe, uma série de empregos serão criados no Brasil. "Esse é um projeto de longo prazo", disse.

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A negociação para a venda dos 36 caças Gripen NG é avaliada em US$ 4,5 bilhões. Na Força Aérea, o Gripen sempre foi considerado favorito porque, apesar de ter muitos componentes norte-americanos, é um projeto a ser desenvolvido em parceria conjunta com o Brasil.

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