Executiva nacional do PSDB se reúne sem ala contrária a Temer

Aécio se encontrou com Temer, mas não foi à reunião; prazo para que PSDB decida desembarque é a convenção nacional marcada para dezembro

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Por Felipe Frazão
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BRASÍLIA - A reunião da executiva nacional do PSDB que discute a adesão do partido à reforma da Previdência e a manutenção ou desembarque do governo Michel Temer começou no final da manhã desta quarta-feira, 22, com a presença de ministros, na sede do partido em Brasília. A ausência da ala do partido que defende a saída imediata do governo esvaziou o encontro.

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A reunião está sendo conduzida pelo presidente interino do partido, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. Mais cedo, o senador Aécio Neves (MG), licenciado do comando do diretório nacional desde que foi implicado na deleção da JBS, visitou Temer no Palácio do Jaburu. Ele é considerado um governista, mas chegou a admitir que o PSDB deixará o governo. O prazo é a convenção nacional marcada para o dia 9 de dezembro. Não há previsão de que Aécio vá à reunião partidária nesta manhã.

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Na convenção tucana de Minas Gerais, Aécio esteve no palanque e disse pela primeira vez que o PSDB deve sair "pela porta da frente" do governo Michel Temer. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Da ala que faz oposição a Aécio, só participa da discussão o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP). Nem o senador Tasso Jereisssti (CE), destituído da presidência interina do partido por Aécio, nem o líder da bancada na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), apareceram. Tasso está em Fortaleza (CE) e volta mais tarde para Brasília. Tripoli retorna de missão oficial na Conferência Mundial do Clima - COP 23, na Alemanha.

A maioria dos participantes é dirigente do partido ou integrante da bancada da Câmara. Também estão presentes os ministros Antônio Imbassahy, que sofre pressão de partidos do Centrão para deixar a Secretaria de Governo, e Aloysio Nunes (Itamaraty), além do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo, deputado por Pernambuco. Imbassahy ignorou perguntas de jornalistas sobre sua possível saída do cargo palaciano, cobiçado por controlar a distribuição de cargos à base aliada e o pagamento de emendas parlamentares.