Executiva do PSDB monta operação contra racha tucano

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Por Eugênia Lopes
Atualização:

A crise interna no PSDB mobilizou hoje a Executiva Nacional do partido, que desencadeou uma operação para desmontar o racha que ameaça a unidade da legenda. "Estou falando com deputados de várias facções, ouvindo todo mundo. Estamos empenhados em acalmar a situação. Vamos deixar isso para semana que vem", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Sergio Guerra (PE). Um grupo de 19 deputados tucanos formou uma dissidência contra a liderança do deputado José Aníbal (SP), reeleito ontem com 36 votos, e promete adotar postura de independência, não seguindo a orientação do líder na Câmara. No site oficial do PSDB não há referência sobre a briga na Câmara em torno da liderança. "Para nós, essa história é página virada", disse Aníbal, ao lembrar que sua reeleição teve o apoio de dois terços da bancada. Ele contou que recebeu telefonemas de parabéns pela recondução dos governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. O líder afirmou que tentou falar com o governador de São Paulo, José Serra, que está no exterior, mas não conseguiu. O grupo contrário à recondução de Aníbal alegou que o estatuto do PSDB não permitia duas reeleições consecutivas e que as regras foram mudadas na véspera da escolha. Eles, então, resolveram se rebelar e pretendem começar, a partir da próxima semana, um rodízio na liderança do grupo informal. Três deputados ficarão na coordenação: Vanderlei Macris (SP), Leonardo Vilela (GO) e João Almeida (BA). "É um grupo à parte dentro da bancada do PSDB na Câmara", disse o deputado Paulo Renato Souza (SP), que desistiu de disputar a liderança depois que a maioria do partido aprovou a reeleição consecutiva no cargo de líder.

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