Executiva do PP deve aprovar suspensão cautelar de Waldir Maranhão nesta terça-feira

Solicitação foi protocolada nesta segunda-feira após o parlamentar acatar recurso da AGU e anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff

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Por Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - Membros da cúpula do PP afirmam que a Executiva Nacional do partido deve aprovar já nesta terça-feira, 10, a suspensão cautelar da legenda do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (MA).

A solicitação foi protocolada nesta segunda-feira, 9, pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ) junto com o pedido de expulsão definitiva, após o parlamentar maranhense acatar recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) Foto: André Dusek|Estadão

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No pedido, Júlio Lopes pede a expulsão definitiva Maranhão por ele ter votado contra o impeachment da presidente Dilma, contrariando decisão interna do partido. O PP tinha fechado questão a favor do impedimento da petista, o que permite punição para os parlamentares dissidentes.

Na representação, o parlamentar pede também suspensão cautelar (temporária) de Maranhão enquanto o processo de expulsão definitiva não é analisado. O pedido cautelar foi uma saída mais rápida encontrada pelos deputados do PP para afastar o presidente interino da Câmara da sigla mais rapidamente, uma vez que a expulsão definitiva levará um tempo maior.

Segundo o líder do partido na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), a bancada de deputados se reunirá na manhã desta terça-feira para fechar questão a favor da expulsão de Maranhão. O resultado será levado para reunião da Executiva prevista para a tarde, quando apenas o afastamento cautelar deve ser aprovado.

Logo após a suspensão cautelar de Maranhão, a cúpula do PP pretende pedir a perda imediata do cargo dele de 1º vice-presidente da Câmara. Para deputados do partido, embora Maranhão tenha sido eleito para o cargo, o posto pertence ao partido. A decisão, contudo, poderá ser contestada.

Segundo o 1º secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), o pedido de perda do cargo só caberia se o presidente interino tivesse deixado o partido por vontade própria. Além disso a Casa já tem precedentes: o deputado Felipe Bornier (RJ) continuou como 2º secretário mesmo após migrar do PSD para o PROS. 

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