
05 de janeiro de 2010 | 07h42
A missão mais polêmica de Erasmo Dias foi o cerco ao câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 22 de setembro de 1977, ocasião em que prendeu 900 estudantes e os levou para o quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e para o Dops, a polícia política. Naquela noite a tropa de choque explodiu bombas incendiárias contra manifestantes que pretendiam refundar a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Nascido em Paraguaçu Paulista em 2 de junho de 1924, o coronel era formado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo (USP) e bacharel em Direito. Ficou no Exército, de que tanto se orgulhava, por 35 anos. Em março de 1974, no governo Emílio Garrastazu Médici, recebeu a incumbência de dirigir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o que fez com mão de ferro - Paulo Egydio Martins governava São Paulo.
Erasmo ficou no poder durante cinco anos, até março de 1979, período em que protagonizou ações controversas. Acusado de arbitrário e truculento, frequentemente dizia a seus interlocutores que agia amparado no sistema legal vigente. Negou violências até o fim da vida, mesmo quando as evidências eram tantas, como na invasão da PUC. "A uma ação corresponde uma reação", justificava.
Foi fundador da Arena e elegeu-se deputado federal, pela primeira vez, quando deixou a Segurança Pública. Depois no PP (Partido Progressista), foi deputado estadual e vereador pela cidade de São Paulo. Abandonou a política em 2004, alegando desgosto com o Legislativo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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