
22 de maio de 2012 | 03h01
O objetivo da cúpula do PT é anunciar alguma parceria eleitoral, com pelo menos um partido, antes do evento para demonstrar que Haddad não está sozinho e consegue agregar outras forças políticas. O encontro do ex-presidente com Campos está previsto para esta semana.
Aliados tradicionais do PT, como o PC do B, recusam-se até o momento a fazer parte da aliança e ensaiam uma candidatura própria. O PSB é o alvo preferencial do PT por causa do compromisso assumido em janeiro por Campos com Lula de que não caminharia com José Serra (PSDB). Em troca, o PT teria de abrir mão da candidatura em cidades estratégicas para o PSB.
Os petistas, que ainda enfrentam dificuldades para compor em algumas cidades - como Franca (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP) - correm para finalizar os entendimentos e entregar na mão de Lula uma lista com os gestos feitos pelo PT em prol do PSB, que devem incluir Boa Vista (RR), Macapá (AP), Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN).
Integrante da coordenação da campanha de Haddad, o vereador Chico Macena afirmou ontem que o partido já dá como certa a aliança com o PSB. A única pendência, disse, é Franca.
Na contramão, o vereador do PSB, Juscelino Gadelha, declarou também ter posto na mesa a situação de Taboão da Serra. "Já conversei com Rui Falcão (presidente nacional do PT)", disse.
Outros partidos. Depois de convocar, há dez dias, a cúpula petista para tomar pé das negociações com os partidos que a campanha de Haddad pretende atrair, Lula conversou com dirigentes do PR e ouviu do senador Alfredo Nascimento, dirigente nacional da sigla, uma manifestação de boa vontade. Mas há setores da sigla que resistem à união.
O ex-presidente deve conversar ainda com Renato Rabelo, presidente do PC do B, que vê a pré-candidatura de Netinho de Paula fazer água e negocia uma composição com PT ou PMDB. / FERNANDO GALLO e RICARDO CHAPOLA
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