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Ex-mulher de Buratti já depõe na CPI

Elza foi convocada, porque, no depoimento que prestou à Polícia Federal, em Ribeirão Preto, no último mês de setembro, desmentiu a afirmação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci

Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga a relação das casas de bingo com a lavagem de dinheiro e o crime organizado está ouvindo Elza Gonçalves Buratti, ex-mulher de Rogério Buratti, advogado apontado como responsável pela cobrança de propina de empresas em Ribeirão Preto (SP). Elza foi convocada, porque, no depoimento que prestou à Polícia Federal, em Ribeirão Preto, no último mês de setembro, desmentiu a afirmação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de que não mantinha amizade com Buratti desde 1994, quando ele deixou de ser seu secretário de Governo na prefeitura de Ribeirão. Segundo Elza, mesmo como ministro, Palocci e Buratti continuaram ligados. Ela disse que esteve duas vezes com o ex-marido na casa do ministro em Brasília. Ainda no depoimento à PF, tomado a pedido da CPI, Elza deu a entender que tinha mais informações sobre as atividades de Rogério Buratti. Naquele momento, não quis fazer revelações, alegando ser uma questão de ética, por se tratar de seu ex-marido, cuja separação ocorrera poucos meses antes. Buratti foi assessor na prefeitura de Ribeirão quando a cidade era administrada pelo ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ele foi acusado de intermediar o pagamento de propinas de empresas para a formação de um caixa do PT a ser usado em futuras campanhas eleitorais. Também pesam contra ele acusações de que, em abril de 2003, quando da renovação do polêmico contrato entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal, teria cobrado propina no valor de R$ 6 milhões para que o governo autorizasse a prorrogação do contrato.

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