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Ex-juiz, Witzel diz ter pedido a Bolsonaro que mantenha 'harmonia entre os poderes'

Após atrito entre o presidente e Rodrigo Maia, governador do Rio avaliou que 'eventual divergência' está superada

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Por Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O governador do Rio de Janeiro e ex-juiz federal Wilson Witzel disse, nesta terça-feira, 26, que pediu ao presidente Jair Bolsonaro que mantenha a "harmonia entre os poderes". Após reunião no Palácio do Planalto, Witzel disse que destacou ao presidente a importância do Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele ponderou que falou e forma espontânea sobre o assunto e que Bolsonaro não deu sinais de desrespeito. "Pedi ao presidente para que possamos cada vez mais manter a harmonia entre os poderes, o respeito ao Poder Judiciário. Ele de forma alguma manifestou nada contra o Judiciário, eu que falei em respeitar os poderes e o Judiciário é muito importante para o Brasil, especialmente o Supremo Tribunal Federal", disse.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Witzel citou que muitas vezes o STF toma decisões que não agradam a população, mas que é preciso respeitar a Corte. "Não adianta querer mudar o juiz. A Constituição e as leis que precisam serem aprimoradas. A discussão é no Congresso Nacional, não precisa ser no grito. Se muda decisão no tribunal com recurso, com debate. É um poder que não faz propaganda, mas precisa ser lembrado como pilar da democracia."

Após atrito entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Witzel avaliou que "eventual divergência" está superada por causa do "bom humor" do presidente hoje.

Segundo ele, Bolsonaro estava "muito animado com as negociações para a reforma da Previdência". O governador destacou que os governadores podem dar apoio aos deputados nos Estados para ampliar a base aliada do governo e conseguir aprovar a reforma ainda no primeiro semestre.

Witzel também conversou com Bolsonaro sobre a recuperação dos estados e outras formas do governo federal ajudar os governadores, entre elas citou a cessão onerosa.

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