Ex-guerrilheira se confraterniza com militares

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Por Roldão Arruda
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Foi de confraternização o clima do encontro da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com comandantes militares da Amazônia, ontem, em São Gabriel da Cachoeira, às margens do Rio Negro. Ao lado do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e sob o olhar simpático de oficiais, entre eles o general Heleno Pereira, Dilma até experimentou o peso da mochila que os soldados costumam carregar em expedições na selva. Há quarenta anos, não se poderia imaginar tal cena. Naquela época, Dilma e os militares estavam em campos radicalmente opostos. Ela defendia a luta armada para a derrubada da ditadura militar e chegou a fazer parte de organizações revolucionárias clandestinas, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (Var-Palmares). Na clandestinidade, a futura ministra usou os codinomes Estela, Luiza, Patrícia, Wanda, para fugir da perseguição dos militares. Mas acabou sendo presa e torturada, em 1970, acusada de subversão. Só saiu da cadeia três anos depois, em 1973.

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