
14 de outubro de 2011 | 15h24
CURITIBA - O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, conhecido como Bibinho, foi submetido nesta sexta-feira, 14, ao primeiro dos três exames psiquiátricos determinados pela Justiça para avaliar se ele tem condições de continuar respondendo a dois processos criminais. Bibinho é acusado de chefiar uma quadrilha que teria desviado, segundo o Ministério Público, cerca de R$ 200 milhões dos cofres públicos, utilizando-se de funcionários fantasmas na Assembleia.
No dia 29 de agosto, a juíza da 9ª Vara Criminal de Curitiba, Ângela Regina Ramina de Lucca, decidiu suspender o trâmite das ações, em razão de um laudo psiquiátrico apresentado por seus advogados de que ele sofre de "distúrbios psicopatológicos dentro das funções mentais". A suspensão do processo nessas condições está prevista no artigo 149 do Código de Processo Penal. Hoje, Abib entrou às 8h30 no Instituto Médico Legal (IML) e saiu por volta de meio-dia. Nos dias 19 e 28, será submetido a novos exames.
O advogado Eurolino Reis, um dos que defendem Abib, alegou que os problemas psíquicos de seu cliente têm como causas o fato de ele ter "sua vida dilacerada" e à situação de stress vivida em razão de um acidente automobilístico envolvendo o filho, Eduardo Miguel Abib. No início do mês, a Justiça decidiu que ele será submetido a júri popular acusado de ter provocado quatro mortes e uma lesão corporal. "Um sujeito com 72 anos passando o que ele está passando não pode se sentir normal, afinal de contas ele é, antes de tudo, um ser humano", disse. O advogado acentuou a inocência do ex-diretor-geral nos processos que responde.
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