PUBLICIDADE

Ex-deputado é condenado a 23 anos de prisão no MA

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-deputado estadual, José Gerardo de Abreu (PPB-MA), foi condenado na madrugada desta quinta-feira a 23 anos de prisão. José Gerardo é acusado de ser o mandante do assassinato do delegado de polícia Stênio Mendonça, em 25 de maio de 1997, no Maranhão. O ex-deputado também foi condenado por formação de quadrilha. Ele deverá cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária Agrícola de Pedrinhas, em São Luís. O julgamento de José Gerardo demorou cerca de 44 horas e foi o mais longo da história do Maranhão. Duas testemunhas de acusação, João José Soares Costa e Marília Mendonça, viúva do delegado assassinado, foram fundamentais para que a promotoria conseguisse condenar o ex-deputado. Costa afirmou que José Gerardo e o empreiteiro Joaquim Laurixto, que também está preso no quartel da PM em São Luís, foram os mandantes do crime, praticado pelo ex-policial cabo Cruz, com a ajuda de José Júlio Rodrigues e Carlos Antônio Maia. Segundo Costa, os assassinos receberam cerca de R$ 200 mil pela morte do delegado. Já a viúva de Mendonça declarou que o delegado recebeu várias ameaças de morte por telefone durante o mês de maio de 1997. Mendonça foi o responsável pela investigação de vários casos de roubos de cargas no interior do Maranhão. O delegado encontrou durante a investigação uma carreta roubada que estava guardada na garagem de uma casa que pertencia ao então deputado José Gerardo e tinha sido alugada ao também deputado estadual Francisco Uchoa Marinho, conhecido como "Chico Caíca". Na Comissão Parlamentar de Inquérito do Crime Organizado que aconteceu em 1999 no Maranhão, os dois deputados foram apontados como líderes de quadrilhas que roubavam cargas de caminhão no Estado. José Geraldo também foi acusado de ser chefe do tráfico de cocaína que vinha da Bolívia para o Maranhão. Ainda em 1999, os dois deputados foram cassados pela Assembléia Legislativa maranhense e perderam seus direitos políticos por oito anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.