Everardo enfrenta resistências para assumir ministério

Por Agencia Estado
Atualização:

Vaidoso, o Secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, gostou da idéia de ocupar o Ministério da Previdência, em abril, quando o atual ministro, Roberto Brant, deixar o cargo. Brant deve disputar o governo de Minas pelo PFL ou uma vaga no Senado. Everardo, entretanto, está enfrentando resistências. O PFL, que tradicionalmente cuida da Previdência, vê na indicação de Everardo uma estratégia do PSDB. Com a ida do secretário para o Ministério, a pasta seria esvaziada politicamente, e os tucanos ainda garantiriam a vaga na Secretaria da Receita Federal. Como parceiro do governo Fernando Henrique, o PFL quer indicar o sucessor de Roberto Brant. Esta semana, o vazamento da informação de que Everardo Maciel iria para a Previdência provocou uma crise política no governo, rapidamente contornada pelo próprio Presidente Fernando Henrique. Informado pelos jornais de que já tinha substituto - quase dois meses antes de deixar o ministério - Brant pediu demissão. Em conversas com a cúpula do PFL, o ministro se queixou: "Escolheram só o meu substituto, não escolheram dos outros, parece coisa contra o PFL". O presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), concordou com Brant e entrou no circuito. Falou com Fernando Henrique, que ligou para Brant. O assunto só será discutido depois de 15 de março, garantiu o presidente. Paulo Renato O ministro da Educação, Paulo Renato, fez questão de desmentir informações de que iria exercer uma função no BID, quando deixar o governo, no dia 1º de janeiro de 2003. O ministro desistiu das eleições de outubro - disputaria uma vaga no Senado por São Paulo - e disse que não tem planos para o futuro. O BID, completou, não está entre as alternativas cogitadas. Paulo Renato foi vice-presidente do BID e considera que não teria outra função a cumprir no banco de desenvolvimento. Além disso, pretende morar no Brasil. Quanto às eleições em São Paulo, o ministro também desmentiu que estaria apoiando a candidatura de José Anibal, presidente do PSDB. "Vou apoiar o candidato que o partido escolher".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.