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EUA lideram lista de doações ao papa. Apesar da crise

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar dos prejuízos causados por acordos em processos por abuso sexual nos Estados Unidos, o país norte-americano continuou sendo a principal fonte de doação ao Vaticano, informaram autoridades eclesiásticas nesta quinta-feira. "Não houve redução no volume de doações", comentou o cardeal Sérgio Sebastiani, secretário de economia do Vaticano. "Os Estados Unidos ainda estão em primeiro lugar" neste quesito. O relatório financeiro não relata colapso nas contribuições, mas o cardeal deixou claro que o Vaticano foi afetado pela valorização do euro, porque seu balanço é expresso na moeda européia enquanto a maioria de suas entradas se dá em dólares . Listando os números em dólares, o relatório mostra que o Dízimo de Pedro ? como se chamam as doações ao papa - obteve US$ 55,8 milhões (R$ 167,4 milhões), no ano passado, 5,7% acima de 2002, quando as doações dos Estados Unidos também lideravam a lista, seguidos por Alemanha e Itália. Durante entrevista coletiva concedida na Cidade do Vaticano, Sebastiani falou sobre o relatório financeiro anual da Santa Sé para o ano fiscal de 2003, que resultou em déficit pelo terceiro ano consecutivo cerca de ? 9,6 milhões (R$ 36,48 milhões), segundo anunciaram hoje autoridades eclesiásticas. Mas o déficit foi reduzido quase 30%, a despeito dos custos de expansão das missões diplomáticas da Santa Sé. Foram listadas receitas de cerca de ? 203,6 milhões (R$ 773,68 milhões) e despesas de ? 213,2 milhões (R$ 810,16 milhões), gerando o déficit de mais de ? 9,6 milhões. No ano passado, a Vaticano registrou um déficit, em 2002, de ? 13,5 milhões (R$ 51,3 milhões), quase 30% maior. O Vaticano já enfrentou 23 anos de perdas, até 1993. A situação melhorou consideravelmente quando os bispos de todo o mundo concordaram em ajudar a sede, que se queixa dos altos custos com pessoal, lembrando que 2.674 pessoas trabalham em seus escritórios ? mais da metade, funcionários laicos. Apesar dos apertos, a Santa Sé expandiu suas atividades diplomáticas, criando missões ou agências em 118 países. Num relatório separado, a cidade-estado do Vaticano está também deficitária com dívidas de cerca de ? 8,8 milhões (R$ 33,44 milhões), menos 45% de que no ano precedente.

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