EUA defendem plano de segurança para América do Sul

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Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

A secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, afirmou hoje que este é o momento de os países da América do Sul criarem um sistema de segurança que cubra todas as suas fronteiras e disse que os Estados Unidos serão "parceiros nessa iniciativa". Segundo ela, os Estados hoje estão obrigados a fazer tudo o que é possível para evitar que terroristas usem outros territórios ou mecanismos de financiamento para suas atividades. "As fronteiras são importantes, mas não podem ser usadas como um esconderijo para terroristas, que depois vão matar civis inocentes", afirmou Rice, em entrevista no Itamaraty. Ao lado do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, Rice também deixou claro que os EUA apóiam a iniciativa de consolidação do Conselho Sul-Americano de Defesa e disse que não vê problemas nessa iniciativa e na liderança do Brasil no processo. Em sua visita ao País, a secretária norte-americana também se encontrou hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Rice mostrou-se ciente de que o Brasil oficialmente não declara as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como um grupo terrorista, mas age como se as considerasse assim. Questionada sobre a posição do Brasil, Rice afirmou que a Colômbia claramente elogiou os esforços brasileiros "para liberar a região daqueles que matam civis inocentes". "Não há dúvidas da posição do Brasil", afirmou. Segundo a secretária, os EUA não consideram que o conflito Equador e Colômbia esteja plenamente resolvido. Ela disse que o governo norte-americano observa com muita preocupação a situação e que aprecia os esforços do presidente Lula e de outros chefes de Estado para promover a reconciliação "ou pelo menos diminuir as tensões". Para ela o caminho a ser seguido para a superação dessa crise ainda está no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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