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EUA: assassino de brasileira pode ser condenado à morte

Por Agencia Estado
Atualização:

O norte-americano Calvin Lamont Parker, de 31 anos, pode ser condenado à pena de morte em seu país pelo assassinato da garçonete e ex-aeromoça da Vasp Patrícia Ramos Gallego, de 29 anos, em 14 de agosto do ano passado em Carlsbad, a 48 quilômetros de San Diego, Califórnia. A promotora Brenda Daly deu a entender que pedirá a pena máxima para Parker em uma videoconferência na qual ouviu os pais da vítima, sexta-feira, em São Paulo. "A promotora quis saber minha opinião sobre a pena de morte", afirmou a mãe de Patrícia, Terezinha Gallego, que se mostrou favorável à pena máxima. "O assassino deve pagar pelo que fez." Brenda informou a Terezinha e ao marido, Rubens, que, pela legislação da Califórnia, a promotoria poderia mudar sua decisão se os pais fossem contrários à pena máxima. Rubens é advogado e sempre rejeitou a pena de morte. Ele mudou de posição, porém, ao ser posto a par dos detalhes do assassinato. Patrícia morava em San Diego desde 1997 e, para economizar, dividia o apartamento com Parker. Segundo a perícia, o assassino matou a brasileira a facadas após tê-la espancado e estuprado e cortou os dedos das mãos da vítima para dificultar sua identificação. O corpo foi encontrado numa lata de lixo. A polícia prendeu Parker dias depois do crime. Da sessão de videoconferência, em uma empresa da zona sul, participaram os pais de Patrícia e os delegados da Polícia Civil Mauro Marcelo de Lima e Silva e Carlinda de Almeida, o juiz Samuel Júnior, do Tribunal de Alçada Criminal, e o promotor Augusto Rossini, do Tribunal do Júri. Em San Diego, além da promotora, estavam os policiais responsáveis pelas investigações. Delegado - A videoconferência teve tradução simultânea. O delegado Lima e Silva foi convidado porque, a pedido da polícia americana, fez investigações após o crime, ouviu os pais de Patrícia e analisou o correio eletrônico e as cartas mandadas por ela para os pais e amigos. Patrícia trabalhou como aeromoça durante seis anos na Vasp, período no qual viajou várias vezes para Los Angeles. Resolveu mudar-se para a Califórnia quando foi demitida pela empresa. Nos primeiros meses, a jovem estudou turismo e inglês e depois passou a trabalhar como garçonete. Em 1999, esteve em São Paulo e contou aos pais que estava dividindo o apartamento com Parker, que conhecera em 1997. Em 16 de agosto, Rubens telefonou para a filha. Estava preparando-se para viajar até San Diego para comemorar o aniversário de Patrícia, que completaria 30 anos. Um policial atendeu e informou que ela tinha sido assassinada.

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