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'Eu decidi que seria candidata', afirma mulher de Joaquim Roriz

Weslian Roriz assumiu candidatura após marido ser barrado pela Lei da Ficha Limpa

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - Candidata de última hora ao governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PSC) negou nesta quinta-feira que tenha aceitado concorrer às eleições por imposição do marido, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), barrado pela lei da Ficha Lima. "Não foi decisão do meu marido, foi da minha própria decisão, eu decidi que seria candidata", disse, no debate entre candidatos promovido pelo SBT, o último antes da eleição.

 

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"Convivi com meu marido não foi um dia, nem dois. Eu convivi com meu marido por 50 anos", disse, ao explicar ter decidido ser candidata porque achou "uma injustiça o que fizeram" com Roriz. Ao responder pergunta do candidato Eduardo Brandão (PV) sobre a possibilidade de ter a candidatura impugnada (a inscrição dela só será julgada neste sábado), Weslian disse ter "bons advogados" para defendê-la.

 

Assim como no debate de terça-feira, na Rede Globo, Weslian Roriz voltou a cometer deslizes. Apesar de ter se apoiado menos nos papéis da assessoria, ela não fez perguntas e deu respostas muito breves, usando menos da metade do tempo a que dispunha. Em outro momento, chamou o principal adversário, Agnelo Queiroz (PT), de "Doutor Agnaldo".

 

Ao falar sobre seus projetos para a preparação de Brasília para a Copa do Mundo de 2014, Weslian disse que "técnicos" iriam resolver o que fosse preciso. "Queria dizer que para isso vamos ter uma assessoria especial para resolver esse problema. A Copa vai trazer muitas coisas boas para Brasília. Vamos receber a Copa com muito amor, muito carinho, e teremos muitas pessoas técnicas", disse.

 

No início do debate, também se apoio na vaga promessa de ter "técnicos para fazer o que tanto precisamos fazer". "Vou governar, mas vou governar com amor, com grande, porque sei governar como uma mulher de família que sou", afirmou. Sobre a questão de transporte público, prometeu levar o metrô a todas as cidades-satélites do Distrito Federal."Sei da importância do metrô porque os funcionários da minha casa sofrem com isso", disse.

 

Nas considerações finais, voltou a dizer que cumpria a função de "defender o marido" e conclui dizendo que "assinava em baixo" de todas as propostas que os adversários tinham defendido. "Eu amo Brasília, eu sou do bem, sou uma pessoa que só quero melhorar. Assim como falaram todos os candidatos que querem fazer coisas boas para Brasília, assim eu quero. Assino embaixo de todos eles".

 

Corrupção

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O debate entre os demais três candidatos ficou focado na questão da corrupção na política local. O candidato Toninho, do PSOL, criticou Agnelo Queiroz, do PT, pelas alianças formadas por ele para disputar o governo do Distrito Federal. "O que eu sinto é que na sua coligação você não terá condições de realizar isso que você acaba de prometer, porque nesses partidos têm pessoas que tem ficha suja, estão respondendo inquéritos nas justiças por malversação do dinheiro público", disse, ao ouvir do petista a promessa de que seria "implacável" com a corrupção.

 

Eduardo Brandão, do PV, confrontou Toninho sobre reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal "Correio Braziliense", sobre indícios de irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Saúde entre 1997 e 1998 investigado pelo Tribunal de Contas do DF . Entre os ex-secretários de Saúde e gestores do Fundo de Saúde que deverão apresentar defesa está a ex-deputada Maninha (PSOL), mulher de Toninho do PSOL.

 

Toninho chamou a denúncia de "infundada" e acusou o PT e o PMDB de reavivar o assunto. "Todo eleitor que está nos acompanhando nesse momento pode ver que a manobra saiu do gabinete do PT e do PMDB. Foi um complô, Correio Braziliense, PT, PMDB, para tentar desestabilizar uma candidatura que esta crescendo no seio do povo", disse o candidato, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. "Maninha é uma mulher honrada e não apenas porque é minha esposa a quem tenho muito amor e paixão", completou.

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