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Estudantes deixam acampamento na casa de ministro

Por Agencia Estado
Atualização:

Os estudantes mobilizados em um acampamento em frente à casa do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas, encerraram hoje de manhã a manifestação com um ato pacífico, que reuniu cerca de 300 estudantes e membros de sindicatos ligados ao ensino, conforme os manifestantes. Eles estavam instalados em dez barracas, numa praça em frente à casa do ministro, desde de domingo à noite. De acordo com o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) e coordenador do movimento em Campinas, Gustavo Petta, perto de 300 pessoas se revezaram no acampamento, nos cinco dias. Ele explicou que o protesto foi encerrado porque os estudantes irão se mobilizar para uma concentração no centro de São Paulo, na Avenida Paulista, organizada pela União dos Estadual dos Estudantes (UEE), marcada para a próxima quarta-feira. "Temos que nos organizar para essa grande mobilização", alegou Petta. Ele considerou satisfatório o protesto em Campinas. O grupo não conseguiu ser recebido pelo ministro, como reivindicava, até porque Paulo Renato permaneceu o tempo todo em Brasília. Mas comemorou a mobilização da sociedade a partir do ato pacífico. s estudantes querem a revogação da medida provisória que tira o direito de exclusividade da UNE e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) na emissão de carteiras de estudante. Segundo Petta, a atividade rendia à UNE R$ 1,8 milhão por ano, dos quais mais de 50% eram usados para custear manifestações. O diretor reconheceu que a verba fará falta, mas disse que os alunos continuarão se manifestando mesmo sem ela. "O problema maior é que os estudantes serão prejudicados porque, pela medida, a meia-entrada acabou", afirmou. Durante a manifestação em Campinas hoje de manhã, a UNE lançou o que chamou de anticampanha, dirigida a Paulo Renato. Os estudantes afirmaram que irão mostrar à sociedade que o pré-candidato à presidência adota medidas prejudiciais à sociedade. "Ele é inimigo dos estudantes e da educação", reforçou Petta.

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