PUBLICIDADE

Estou afinando a orquestra para o espetáculo do crescimento, diz Lula

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu hoje que está afinando a orquestra e "logo, logo o espetáculo do crescimento vai começar no País". Lula, que participou de evento na Ford do Brasil, em São Bernardo do Campo, disse que existem vários indícios de que a inflação está caindo e isso começa a abrir espaço para a queda dos juros. "Temos que construir a base para que possa reduzir os juros, sem que tenha que aumentar no mês seguinte, porque senão se perde a credibilidade. Em política, não se pode deixar isso acontecer". "Não pensem que o Palocci e o Meirelles não querem que os juros caiam. Tenho certeza de que eles vão dormir todos os dias pensando em como reduzir os juros". Lula reafirmou que não permitirá, de jeito algum, que a inflação volte. Ele fez fartos elogios ao seu próprio governo. Lula ressaltou que cada um de seus ministros sabe exatamente o que fazer, e que ele foi eleito para mudar a política econômica do País, garantindo crescimento econômico sustentado e geração de emprego e renda. "Montamos um governo que poucos na história montaram com a qualidade com que montei", afirmou. Governar é? De acordo com o presidente, governar é como plantar uma árvore e que é preciso ter paciência e esperar o tempo passar para poder colher os frutos. "Não é só plantar, é adubar e manter esse pé forte e frondoso", afirmou. O presidente destacou que a sua prioridade nos primeiros cinco meses do governo foi de controlar a inflação do País e que, até o momento, há vários indícios de que a inflação está controlada e mantém tendência de queda. "Todo dia vou dormir e acordo no dia seguinte com a certeza de que vamos cumprir cada compromisso que fizemos durante a campanha de 2002", afirmou. Ele afirmou que prefere sempre dizer a verdade para a sociedade, por mais dura que seja, do que perder a confiança da população. "Pela primeira vez vocês vão ter um presidente que num momento de conflito não vai se trancar dentro de uma sala", afirmou. Por considerar confiança um fator fundamental, Lula justificou o fato do governo ter enrijecido sua política econômica nesse início de mandato e por ter priorizado o controle da inflação. Confiança política O presidente defendeu a união dos países do Mercosul nas negociações da Alca e com a União Européia. Para ele, "não se pode ter medo de negociar e é preciso construir uma relação de confiança entre os países". "As pessoas ficam sempre com medo do maior, acham que vai engolir a gente por que ele tem mais indústria, acham que não vai haver uma relação igualitária, que o Brasil será sufocado. O mesmo medo que nós temos dos Estados Unidos eles têm da gente, essa é a verdade. A primeira coisa que temos que fazer é estabelecer confiança, política é assim", afirmou. Lula defendeu a união dos países da América Latina. "Se a gente não se juntar não teremos condições de competir com os blocos econômicos fortes, com os Estados Unidos e a União Européia". Segundo Lula, não há mais "ciumeiras" entre Brasil e Argentina. "A Argentina tomou consciência de que é pobre, e o Brasil tomou consciência de que é pobre. Ou nós nos juntamos ou perdemos a força", disse. O presidente afirmou ainda que os demais países da América Latina não têm de ter medo de se juntar ao Brasil, a maior economia da região, para negociar em blocos econômicos. Para aumentar o comércio internacional, Lula disse que o País tem que se voltar também para lugares do mundo, como a África e com o Oriente Médio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.