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Estevão não acredita no voto favorável de Helena

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-senador Luiz Estevão não acredita na versão que a senadora Heloísa Helena (PT-AL) votou contra sua cassação. Em uma entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-senador afirmou que se a lista de votação contiver o voto da senadora contrária a cassação será uma prova de que houve fraude dos votos. "Por outro lado, se ela votou à favor da minha cassação, e a lista de cassação registra isso, e o senador Antônio Carlos, na sua conversa com os procuradores, afim de difamá-la, começou a espalhar o boato de que ela teria votado contra a minha cassação, ele difama politicamente uma colega de plenário, o que mais do que nunca configura uma falta de decoro", disse. O ex-senador disse também que se seu mandato foi cassado porque mentiu, o mesmo deveria se aplicar aos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (Sem Partido-DF), que mentiram sobre a violação do painel eletrônico do Senado. "Tudo o que eu havia dito no ano passado durante os meus depoimento era absolutamente verdadeiro. Já o tempo mostrou que esses dois senadores sempre disseram a mentira, já que foram desmentidos pelo laudo da Unicamp e pelo depoimento da diretora e diversos funcionários do Prodasen", afirmou Estevão. De acordo com o ex-senador, ele foi advertido por um funcionário do Senado, poucos minutos antes de iniciar a sessão que resultou em sua cassação, que "corria naquela manhã um boato de que o painel seria violado, de que os votos não seriam sigilosos e que, além disso, haveria fraude na votação". Estevão disse que não está preocupado em pedir a suspensão de sua cassação, mas insinuou que poderia ter havido alguma fraude na votação. "Após o laudo da Unicamp, dizendo que o painel pode ser fraudado, após a descoberta desse botão ´macetoso´ e da informação de que vários funcionários do Prodasen conhecem as senhas dos senadores, é claro que não se pode descartar a possibilidade de fraude na minha votação", disse Estevão, lembrando que cinco dias antes da sessão o jornal Correio Braziliense publicara que ele deveria ser cassado com 52 votos, que foi exatamente o placar da cassação. "É muita precisão, é muita premonição", disse.

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