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Estevão diz que vai processar Estado

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-senador Luiz Estevão acaba de afirmar, em entrevista coletiva que concedeu nos escritórios de seus advogados, em São Paulo, que o Estado terá que ressarci-lo pelos prejuízos que o Ministério Público tem causado em sua vida pessoal e empresarial. ?A decretação da minha prisão preventiva foi mais um ato absurdo, em todo o processo não há nenhuma prova de meu envolvimento nesse escândalo?, disse ele, referindo-se ao desvio de verbas destinadas à construção do Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo. Estevão garantiu que em todo o processo não há uma única acusação de testemunhas ou qualquer prova concreta de sua ligação com o desvio de verbas. ?O Ministério Público sabe que não tem como me culpar. Sabe que sou inocente e insiste nessa história absurda da minha prisão?, atacou Estevão. O ex-senador disse que aqueles que o acusam deveriam, antes, investigar ?porque durante 10 anos o Poder Executivo e o Legislativo liberaram verbas e porque o TRT ou o Tribunal de Contas? não fiscalizaram a aplicação dos recursos da obra. ?Agora, precisam de um culpado, e eu fui escolhido?, argumentou. Estevão reiterou repetida vezes a inexistência de provas de sua culpa no processo e acusou o Ministério Público de alimentar a mídia com informações parciais. ?Esmagada por essas informações, a população, que é a última culpada nessa história toda, acaba me vendo como um usurpador dos recursos públicos?, argumentou ele. O ex-senador lamentou ainda que o processo que investiga o escândalo do TRT corra em segredo de Justiça. ?Se ele fosse aberto, todos poderiam ver que nenhuma testemunha arrolada pelo Ministério Público apontou qualquer ligação minha com as obras?, disse. Estevão não quis quantificar a extensão dos prejuízos que sofreu desde de que foi envolvido no escândalo. Se o estado, por intermédio do Ministério Público, acusou precipitadamente e sem provas, terá que pagar por isso?, concluiu ele. Para Estevão, a sentença da desembargadora Suzana Camargo, do Tribunal Regional Federal de São Paulo, que aceitou a decretação de sua prisão preventiva pedida pelo Ministério Público, foi absolutamente inconsistente. ?Das 80 páginas da sentença, 37 são repetições das acusações feitas a mim pelo Ministério Público; 40 são transcrições de outras sentenças, e apenas quatro são palavras da desembargadora, sem conteúdo algum?, acusou ele. Estevão disse que a desembargadora não leu a instrução do processo e por isso agiu de forma inconseqüente. ?Mas felizmente com o habeas-corpus a justiça foi feita?, afirmou. Estevão informou que deverá embarcar ainda nesta sexta-feira para Brasília.

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