‘Estava no cinema. Nem sei a dimensão que teve’, diz Haddad sobre panelaço contra Dilma

Prefeito de São Paulo diz que protesto ‘faz parte’, desde que instituições democráticas sejam respeitadas 'dentro da regra do jogo'

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Por Juliana Diógenes
Atualização:
“Temos que defender o direito à manifestação, à liberdade de expressão, mas garantindo as instituições democráticas. Dentro da regra do jogo, faz parte”, afirmou o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT). Foto: Hélvio Romero/Estadão

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que na noite deste domingo, 8, quando ocorreu o panelaço contra o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV, estava no cinema assistindo ao filme polonês Ida e, por isso, não ouviu barulho algum. Questionado sobre a repercussão do caso nas redes sociais e na mídia, desconversou: “Li (hoje) muito superficialmente. Nem sei a dimensão que teve”.

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Sobre o episódio, Haddad disse que é preciso “preservar a democracia” e que, sendo uma manifestação democrática, é legítima. “Temos que defender o direito à manifestação, à liberdade de expressão, mas garantindo as instituições democráticas. Dentro da regra do jogo, faz parte”, afirmou o prefeito.

Durante o pronunciamento de Dilma em cadeia nacional de rádio e televisão em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, foram registradas manifestações contra o governo em ao menos sete capitais. Em São Paulo, xingamentos, panelaços e buzinaços foram registrados em bairros como Higienópolis, Perdizes, Aclimação, Ipiranga, Lapa, Moema, Vila Marina, Mooca e Santana.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira, 9, que o panelaço ocorreu em cidades e em bairros onde Dilma perdeu as eleições “por uma grande diferença”. Em defesa da presidente, Mercadante disse que manifestação é "um direito da população", mas ponderou que não há “terceiro turno” eleitoral e pediu para não haver "intolerância".

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