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'Estamos solidários a Lula', diz organização do Pan

Vaias dirigidas ao presidente impediram que ele fizesse a abertura oficial na última sexta-feira

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Por Mario Andrada , Silva e da Reuters
Atualização:

Os esforços de autoridades e de empresários cariocas para consertar o estrago que as vaias dirigidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocaram nas relações entre o Planalto e o Rio de Janeiro continuam intensos. O episódio, ocorrido na última sexta-feira durante cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos, constrangeu o presidente Lula, que acabou por não realizar a abertura oficial da competição.   FHC diz que Lula precisa ter mais 'humildade' Lula confessa ter ficado triste com vaias Para oposição, vaia a Lula foi 'aviso' Lula fala sobre vaia no Maracanã   Depois de passar um fim de semana incomunicável para a mídia, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê organizador dos jogos, Carlos Arthur Nuzman, considerou nesta segunda-feira as vaias ao presidente injustas. "O empenho pessoal do presidente Lula foi fundamental para viabilizar a realização do grande espetáculo que foi a festa de cerimônia de abertura e dos próprios jogos... estamos solidários ao presidente Lula a quem reiteramos os nossos mais profundos agradecimentos", diz nota assinada pelo comitê organizador dos jogos. Do lado dos empresários, o principal jornal do Rio, O Globo, trouxe nesta segunda-feira publicidade de duas páginas assinada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) com os valores dos investimentos do governo federal nos jogos. "O sistema Firjan vive a energia dos Jogos Pan-Americanos e celebra a reconciliação do Brasil com o Estado do Rio de Janeiro, reconhecendo a fundamental participação do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liberação de verbas essenciais para a realização deste evento", diz o anúncio. Uma tabela informa os detalhes dos recursos liberados por várias áreas federais e finaliza com o total de R$ 1,853 bilhão . O anúncio é ilustrado com duas fotos da festa do Pan no Maracanã. Nesta segunda-feira, o presidente Lula e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), insinuaram que as vaias foram orquestradas, mas não indicaram de que ala política teria vindo o protesto.   No programa Café com o Presidente, Lula diz ter ficado triste com a manifestação do público no Maracanã: "Na minha vida política, a vaia e o aplauso são dois momentos de reação do ser humano. A única coisa que eu, particularmente, fico triste é que eu fui preparado para uma festa. É como se eu fosse convidado para o aniversário de um amigo meu, chegasse lá e encontrasse um grupo de pessoas que não queria a minha presença lá".   Depois das vaias no Maracanã, Lula desistiu de declarar aberto os jogos, como estava planejado, sem maiores explicações. A declaração foi feita pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman. Ele foi vaiado ao menos cinco vezes quando seu nome foi anunciado. Segundo um assessor de Lula, ele teria classificado a manifestação como "molecagem", e , muito irritado, teria dito: "Eu não tenho medo de vaia." (Com Estadão)

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