
01 de junho de 2017 | 15h09
WASHINGTON - O PSDB é um partido “que está no governo, que apoia o governo e que sustentará o governo”, disse na manhã desta quinta-feira, 1, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, senador fora de exercício do PSDB. Segundo ele, a posição dominante na legenda é manter sustentação da gestão de Michel Temer.
De acordo com reportagem publicada nesta quinta pelo Estado, cresce a pressão para que o partido saia do governo até terça-feira, 6, primeiro dia de julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ala jovem do PSDB pede saída do governo
Dirigente histórico do partido, Aloysio afirmou que não vê risco de racha dentro da legenda. “O PSDB está no governo. O PSDB tem quatro ministros do governo. PSDB é cioso de seus compromissos e o compromisso que o presidente assumiu conosco ao nos convidar para integrar o governo foi o compromisso de apoiarmos as reformas em curso. E nós estamos no governo.”
Em sua avaliação, a turbulência política na qual o País está mergulhado não afetará a votação das propostas. “O presidente Temer, mais do que ninguém, tem hoje condições de angariar maioria parlamentar para aprovar as reformas. Nós devemos votar já na próxima semana a reforma trabalhista no Senado e há uma série enorme de outras reformas que estão sendo implementadas por votações”, declarou na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, depois de se reunir com o secretário-geral da entidade, Luis Almagro.
Na quarta-feira, 31, Aloysio fez sua estreia na entidade na reunião de chanceleres convocada para discutir a situação da Venezuela. O ministro disse que não foi questionado pelos outros em relação à crise brasileira. “Todos compreendem que nós estamos vivendo um momento de turbulência política no Brasil. Isso é inegável. Mas não há turbulência institucional. As instituições funcionam e é isso que conta nas relações externas dos países.”
Observação eleitoral. Aloysio manifestou a Almagro o desejo do governo brasileiro de ter uma missão de observação eleitoral da OEA na disputa presidencial. “O nosso presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, vê com bons olhos a possibilidade de a OEA participar de um acompanhamento das próximas eleições. Acho que para nós, brasileiros, é uma ocasião a mais para aperfeiçoar aquilo que tem de ser aperfeiçoado e submeter nosso processo de apuração de votos e de organização das eleições ao escrutínio internacional.”
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