''Estado'' presenciou epidemia

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Por Redação
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Uma equipe do Estado chegava há 20 anos à área indígena ocupada pelos zo?é para acompanhar a intervenção da Funai e expulsão dos integrantes do Missão Novas Tribos do Brasil que tentavam evangelizar os índios. Naquele momento, uma operação emergencial de saúde foi montada na tentativa de salvar os zo?é de uma epidemia de gripe. Os missionários estavam na região havia seis anos, mas a Funai demorou a agir. Por pouco, os zo?é não foram dizimados. Passadas duas décadas, outra equipe do Estado volta à região. Desta vez acompanha o presidente da Funai, Márcio Meira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor da polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que ainda não tinham visitado a área. O cenário encontrado é distinto. Um médico da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) avalia periodicamente o estado de saúde dos zo?é e uma dentista dá plantão na área. Com esses cuidados, caíram a zero os casos de mortalidade infantil e desnutrição. "Eles estão muito melhor hoje do que no passado", avaliou a antropóloga Dominique Gallois, que esteve na reserva antes da chegada da Funai, em 1989. "Esse modelo serve para vermos como erramos no passado." Mas Dominique critica o fato de a Funai não manter a qualidade nos cuidados nas outras áreas. "Conseguiu-se aqui, graças à atração que os zo?é conseguem ter em termos de imagem, uma política de proteção que deveria ser a regra."

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