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‘Estado’ condena ataque a profissionais do grupo: ‘Agressão contra a democracia’

Jornal pede que a apuração dos fatos seja feita por agentes não vinculados às autoridades federais

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Por Redação
Atualização:

A diretoria e os jornalistas do Estadão afirmaram, em nota, que repudiam veementemente as agressões aos profissionais do jornal neste domingo, 3, em Brasília. “Trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia. A violência, mesmo vinda da copa e dos porões do poder, nunca nos intimidou. Apenas nos incentiva a prosseguir com as denúncias dos atos de um governo que, eleito em processo democrático, menos de um ano e meio depois dá todos os sinais de que se desvia para o arbítrio e a violência”, diz a nota.

Fotógrafo doEstadãoDida Sampaio é impedido de registrar imagens do presidente Jair Bolsonaro; manifestante de camisa azul agride verbalmente o fotógrafo, o chamando repetidas vezes de 'lixo' por trabalhar noEstadãoe incita demais apoiadores do presidente a não permitirem que o repórter faça seu trabalho, colocando as mãos na frente da câmera. A partir deste episódio, o fotógrafo sofreu agressões físicas Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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Durante a cobertura da manifestação, o fotógrafo Dida Sampaio registrava imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto, na Esplanada dos Ministérios, numa área restrita para a imprensa quando foi agredido. Sampaio usava uma pequena escada para fazer o registro das imagens quando foi empurrado duas vezes por manifestantes, que desferiram chutes e murros nele. O motorista do jornal, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem, também foi agredido fisicamente com uma rasteira. Os manifestantes gritavam palavra de ordem como “fora Estadão”. 

Os repórteres do Estado Júlia Lindner e André Borges, que também acompanham a manifestação para o Estadão, foram insultados, mas sem agressões.

Em nota, o jornal pede ainda uma apuração por agentes não vinculados às autoridades federais. “Dada a natureza dos acontecimentos deste domingo, esperamos que a apuração penal e civil das agressões seja conduzida por agentes públicos independentes, não vinculados às autoridades federais que, pela ação e pela omissão, se acumpliciam com o processo em curso de sabotagem do regime democrático.”

Leia a nota na íntegra:

A diretoria e os jornalistas de OEstado de S. Paulo repudiam veementemente os atos de violência cometidos hoje contra sua equipe de jornalistas durante uma manifestação diante do Palácio do Planalto em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se de uma agressão covarde contra o jornal, a imprensa e a democracia. A violência, mesmo vinda da copa e dos porões do poder, nunca nos intimidou. Apenas nos incentiva a prosseguir com as denúncias dos atos de um governo que, eleito em processo democrático , menos de um ano e meio depois dá todos os sinais de que se desvia para o arbítrio e a violência.

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Dada a natureza dos acontecimentos deste domingo, esperamos que a apuração penal e civil das agressões seja conduzida por agentes públicos independentes, não vinculados às autoridades federais que, pela ação e pela omissão, se acumpliciam com o processo em curso de sabotagem do regime democrático.

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