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Esquerda deve lançar três nomes, mas só Chico Alencar fará oposição a Lula

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Por Redação
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Mais uma vez dividida e irreconciliável, a esquerda do Rio se movimenta para disputar a eleição com três candidaturas e virtualmente sem possibilidade de aliança entre suas chapas no primeiro turno. PSOL, PT e PC do B encabeçarão coligações ou lançarão sozinhos candidatos à Prefeitura do Rio para disputar o chamado "voto de opinião", de perfil da classe média. Uma das marcas a diferenciar os candidatos será a sua posição em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que os três serão de oposição ao prefeito Cesar Maia (DEM) e enfrentarão um candidato com apoio do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). Apenas um deles assumirá postura oposicionista ao Palácio do Planalto - o deputado Chico Alencar (RJ), pré-candidato do PSOL. "Vou estabelecer um programa mínimo para alianças", diz ele. "Hoje está tudo de cabeça para baixo, procuram-se alianças por causa de tempo de TV e de grana. Acabam produzindo não uma coalizão, mas transação." Curiosamente, o PSOL, nascido de um racha à esquerda do PT, aproxima-se do PPS. A legenda tem uma candidatura natural - a da juíza aposentada Denise Frossard, derrotada em 2006 na disputa pelo governo estadual -, mas, diante da resistência da ex-magistrada, começaram as negociações. "Abrimos conversas com o PDT, com o PSOL e com a Jandira Feghali (PC do B)", diz o ex-deputado estadual Paulo Pinheiro. "Temos um tempo razoável de TV, uns 90 segundos (por dia)." Entre os petistas, há quatro pré-candidatos, mas um - o deputado estadual Alessandro Molon - surpreendeu pela desenvoltura. Mudou a postura em relação a Cabral, moderando críticas, e fez um périplo por Brasília, onde angariou apoio. Molon enfrenta o ex-deputado Vladimir Palmeira, que lidera um grupo independente no partido, além da ex-governadora Benedita da Silva e do deputado Edson Santos. O partido fará prévias em março, num quadro acirrado. Além disso, na semana passada, com a bênção de Lula, começou uma movimentação para transferir o apoio do PT a Eduardo Paes. Um terceiro pólo será liderado por Jandira Feghali. Ela ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado, com 2.761.216 votos, 37,53% do total.

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