30 de novembro de 2011 | 16h24
A criação dos cargos reforça o quadro do Ministério, que acaba de sair de um turbilhão de denúncias, que culminaram na demissão do ex-titular da Pasta, Orlando Silva, e poderá garantir 49 novas vagas ao sucessor, Aldo Rebelo (PCdoB). O jornal O Estado de S. Paulo revelou hoje que Aldo suspendeu a indicação de 25 nomeados por seu antecessor para cargos de confiança na pasta. As duas dezenas e meia de postulantes a cargos DAS aguardavam a publicação das contratações pela Casa Civil.
O relator da matéria, Inácio Arruda (PCdoB-CE) - do partido que comanda a Pasta do Esporte - defendeu a criação dos cargos, sob o argumento de que o Ministério precisa reforçar a estrutura para atender às demandas da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. Em contrapartida, a oposição aproveitou para relembrar a crise nos ministérios, que ainda atinge as pastas do Trabalho e das Cidades.
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), e Pedro Taques argumentaram que o governo federal já contabiliza milhares de cargos de livre nomeação - cerca de 24 mil - e, portanto, a abertura dessas novas vagas afronta o ajuste fiscal defendido pela gestão Dilma Rousseff. Taques afirmou que o gigantismo da máquina pública torna o País "inadministrável", enquanto Demóstenes declarou que votaria contra "o poleiro" de cargos públicos.
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