‘Esperamos ajuste sem aumento de impostos’

Aliado de Michel Temer, Skaf fala sobre suas expectativas em eventual governo do vice-presidente

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Paulo Skaf é presidente da Fiesp e filiado ao PMDB Foto: Daniel Teixeira|Estadão

O empresário Paulo Skaf (PMDB), presidente da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), despontou como uma das principais lideranças do movimento pelo impeachment. Em entrevista ao Estado, ele fala sobre suas expectativas em eventual governo Michel Temer, que é seu aliado.

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O que a Fiesp espera de um eventual governo Temer?

É necessário e nós esperamos que o ajuste fiscal seja feito sem o aumento de impostos. O governo precisa acertar as suas contas. A gente espera que haja uma reforma administrativa que enxugue ministérios e despesas. Que se escolha pessoas preparadas e respeitas em suas áreas para os diversos ministérios. A sociedade está sobrecarregada de impostos. A indústria e o comércio vivem um péssimo momento. Com a retomada da confiança, a economia retomará o crescimento, e não demora muito. É necessário que se dê um crédito para o presidente que assuma.

O governo diz que Temer entrará para a história como um conspirador. O que acha dessa tese?

Na minha visão não há golpe nenhum, como dizem. Essas pessoas que chamam impeachment de golpe são as mesmas que pediram o impeachment de vários presidentes. É só pegar jornais antigos.

Qual é o nível de consenso entre os empresários sobre o ativismo da Fiesp no impeachment?

Aprovamos isso em dezembro na maior reunião do ano. Essa posição foi fruto de uma pesquisa que mostrava que mais de 90% das indústrias de São Paulo achavam que a Fiesp não podia se omitir.

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Acha a presidente Dilma uma pessoa desonesta?

Isso não está em questão. O que posso dizer é que para os setores produtivos a situação é desastrosa. A presidente Dilma perdeu o controle e o Brasil ficou à deriva. Ela perdeu a confiança e a credibilidade.

Qual a sua expectativa sobre o impeachment?

Do jeito que as coisas estão não dá para continuar. O País está desgovernado. A política contaminou a economia e não tinha como resolver a economia sem mudar o governo.

Qual seria o impacto da rejeição do impeachment?

Seria o mesmo impacto de prorrogar uma forte hemorragia. Prefiro não pensar que essa hipótese possa acontecer.

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