Escolha de novo líder aliado na Câmara tem de ser rápida

Caso Arlindo Chinaglia (PT-SP) seja eleito presidente da Casa, deixará cargo atual

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá de encontrar rapidamente um líder do governo na Câmara, se quiser aprovar o seu Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) no Congresso. O atual líder, Arlindo Chinaglia (PT-SP), está em campanha para presidir a Câmara e, caso eleito, deixará o cargo. Se for derrotado, ficará politicamente enfraquecido para exercer a função. As candidaturas de Chinaglia e do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), estão dividindo os aliados de Lula e deverão deixar seqüelas na relação da base. O cargo, que é de livre indicação do presidente da República, deve ser ocupado por um parlamentar que tenha trânsito entre os deputados e o governo, para garantir a tramitação rápida dos projetos de interesse do Palácio do Planalto. O líder pode conseguir incluir os projetos na pauta e consolidar os votos favoráveis ao governo para evitar surpresas no plenário. No Congresso, os deputados apresentam alterações nas propostas enviadas pelo Executivo e, sem um bom líder e uma base unida, os textos originais acabam desfigurados. Vários projetos de interesse do governo têm ficado parados por falta de articulação política. Em outros casos, têm sofrido sucessivas alterações, que levam a novas votações. O que trata do funcionamento das agências reguladoras, por exemplo, foi enviado à Câmara em 2004 e ainda não foi votado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.