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Envolvido em esquema de fraudes propôs matar jornalista

O delegado Tardelli Boaventura, que preside as investigações das fraudes, disse ter percebido que a ameaça tinha tom de brincadeira

Por Agencia Estado
Atualização:

As investigações que desvendaram um esquema de fraude na compra de ambulâncias para várias prefeituras do País mostram que alguns dos envolvidos chegaram a conversar sobre a morte de um jornalista que apurava o caso. Em um diálogo gravado com autorização judicial, por meio de escuta telefônica, o empresário Luiz Antonio Trevizan Vedoin e o assessor do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), Francisco Machado Filho discutem a morte do repórter Lúcio Vaz do Correio Braziliense. "E o jornalista? Deu as caras ou não?", pergunta Luiz Antonio no telefonema. "Ele me falou que... que... que tava, que tava lá, que ele tinha chegado lá em Rondônia, né?", responde Chico. "E procurou alguém, fez alguma coisa?", indaga Luiz Antonio. "Não procurou ninguém não. Procurou ninguém não", volta Chico. "Podia arrumar um jeito de mandar matar o cara lá. O que cê acha?" Resposta: "Eu também acho que é uma boa." O delegado Tardelli Boaventura, que preside os 140 inquéritos abertos para apurar fraude na compra de ambulâncias e material hospitalar por parte de uma quadrilha espalhada por todo o País, negou que tenha sido negligente ao ouvir que os investigados falavam em matar um jornalista. "Quando soube que havia essa conversa, fui imediatamente à sala onde era feita a escuta. Escutei toda a conversa. Depois, nada mais foi dito. Percebi que a conversa era em tom de brincadeira."

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