'Entre mortos e feridos, nos salvamos todos', diz Gilmar sobre eleição no Amazonas

Presidente do TSE afirma que pleito não corre mais risco de ser suspenso ou anulado

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

MANAUS - O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desembarcou na tarde deste domingo, 6, em Manaus para vistar o quartel-general da eleição suplementar para o governo do Amazonas na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O pleito, que ocorre neste domingo, foi convocado após a cassação do governador José Melo (Pros) por compra de votos nas eleições de 2014. 

O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, acompanha a eleiçãona sede do TRE-AM Foto: Alberto César Araújo/Estadão

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O vencedor só será diplomado após o julgamento, pelo TSE, dos últimos recursos da defesa de Melo, que ainda não foi marcado. Mendes garantiu, porém, que o processo não corre mais risco de ser suspenso ou anulado. "Essa questão está praticamente resolvida. Me parece que essa decisão é definitiva. Claro que pode haver recursos ao STF, mas a reclamação (embargos de declaração) é mais de índole formal, o fato de ter se mandado cumprir o julgado sem a publicação do acórdão. O eleitor amazonense pode ir às urnas com segurança."

O presidente do TSE também disse quehouve "perplexidade" diante da decisão da execução imediata do julgado antes da publicação do acórdão e da tentativa que se fez de suspensão do pleito, que durou alguns dias. "Entre mortos e feridos, nos salvamos todos, diante da perplexidade do processo. Resolvemos bem uma tensão constitucional ", afirmou Mendes em entrevista coletiva.

O ministro relatou, ainda, que emitiu uma manifestação pedindo que os orgãos eleitorais da Venezuela sejam excluídos da Uniore, organização que reúne orgãos eleitorais da America Latina. "Diante das suspeitas e do quadro flagrante de violação de democracia, não é mais possível (a Venezuela) estar em um colégio de países democráticos". 

O Mercosul suspendeu no sábado, 5, a Venezuela por rompimento da ordem democrática. No momento em que a decisão era anunciada em São Paulo, após reunião de chanceleres de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, era destituída do cargo por um tribunal comandado por chavistas, aprofundando ainda mais a ditadura comandada por Nicolás Maduro. 

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