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Entre a tensão e a descontração

Por Gabriel Manzano Filho
Atualização:

As cobranças dos jornalistas, sempre seguidas de longas explicações, foram entremeadas, aqui e ali, por reações tensas da candidata, queixas contra a mídia e também momentos de descontração. A certa altura, Marta foi pressionada a dar números e prazos a suas promessas. "Se o fizer, vocês vão depois me cobrar o que disse", reagiu. "Essa é a idéia da entrevista", observou um dos entrevistadores. "Não vou lhes dar esse prazer", arrematou a ex-prefeita. Indagada, mais tarde, sobre qual adversário preferiria ter no segundo turno, sentenciou: "Adversário a gente não escolhe. A gente enfrenta." Ao que o moderador comentou: "É como cunhado!" Ante risos da platéia, Marta ponderou: "Com cunhado a gente ainda dá um jeito..." Uma reação inesperada ocorreu quando veio à tona sua derrota para o tucano José Serra, em 2004. "Aquilo foi duro, sofri muito", afirmou - e fez um breve silêncio, abaixando a cabeça por segundos, como se estivesse a ponto de chorar. Uma nova pergunta a trouxe de volta à sala. Referindo-se a erros cometidos quando prefeita, lembrou que Elói Pietá, prefeito de Guarulhos, a advertiu por estar "querendo fazer tudo ao mesmo tempo". E comentou: "Ele estava certo. Ele foi reeleito." Mas também foi ríspida em algumas situações. Como quando questionada se não haveria o risco de o episódio dos grampos feitos no Supremo Tribunal Federal atrapalharem o PT e também sua candidatura. Marta disse um "não" duro e virou o rosto para outro entrevistador.

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