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Entidades lançam novo "guia" para médicos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os 285 mil médicos do País acabam de ganhar uma ajuda para aplicar no consultório o que há de mais atual no tratamento das doenças. A Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) montaram uma espécie de guia sobre os cem problemas de saúde mais comuns entre os brasileiros, como pressão alta, câncer de mama e depressão. É o que os especialistas chamam de diretrizes médicas. "Não se trata de receita de bolo, mas de agrupar as melhores opções de diagnóstico, tratamento e prevenção, descrevendo vantagens e desvantagens", explica Fabio Biscegli Jatene, coordenador do Projeto Diretrizes. Segundo o presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, o objetivo é melhorar a assistência médica. "As diretrizes servem para aumentar a capacidade de o profissional resolver o caso do paciente", diz Paiva. Durante três anos, 800 médicos das 50 sociedades de especialidades avaliaram pesquisas científicas internacionais em busca das melhores evidências sobre como prevenir, diagnosticar e tratar cada um dos cem problemas de saúde listados nas diretrizes. Para garantir a independência das recomendações, o trabalho não foi financiado por nenhuma indústria farmacêutica ou de equipamentos médicos. A cada ano, os médicos são bombardeados por 500 mil trabalhos científicos. É praticamente impossível ter acesso a todos eles, avaliando-os de forma crítica. Esse foi o trabalho dos especialistas que elaboraram as diretrizes - a serem atualizadas constantemente. O médico Wanderley Marques Bernardo, um dos consultores das diretrizes, explica que, além da melhor evidência científica e da experiência do especialista, a opinião do paciente ajuda o médico a tomar a decisão mais acertada. "As diretrizes valorizam a opinião do paciente." O próximo passo das entidades médicas é divulgar as diretrizes entre a classe médica para que possam ser aplicadas na assistência ao paciente, tanto pública quanto privada. A íntegra das diretrizes pode ser consultada nos sites: www. amb.org.br ou www.cfm.org.br.

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