1.
Questionamentos sobre competência’ de juizAinda em novembro, quando a Polícia Federal e a Procuradoria da República desencadearam a sétima fase da Lava Jato com a prisão dos executivos do chamado "clube das empreiteiras" - acusado de formar um cartel na estatal -, advogados iniciaram questionamentos sobre a competência do juiz federal Sérgio Moro. Alegam que o magistrado não poderia ter prosseguido com a investigação, uma vez que foram citados nomes de parlamentares. Alegam também que os autos deveriam ser remetidos ao Supremo Tribunal Federal, foro adequado para investigar políticos. Os advogados pediram a suspensão dos efeitos da investigação e das prisões. No Paraná, tramitam 18 ações penais conduzidas por Moro.
2.
Empreiteiras são ‘vítimas’ de ‘achaques’Os empreiteiros dizem que são vítimas e que a "verdadeira dona do clube" é a Petrobrás. A defesa de Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, alega na Justiça Federal que a empresa foi vítima de "achaque" do ex-diretor Paulo Roberto Costa e que os superfaturamentos em contratos da Petrobrás foram usados para bancar o "custo alto das campanhas eleitorais". Ao relacionar a corrupção que tramita na primeira instância com a citações a políticos - que está sob análise do relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki - tem a intenção também de levar os processos para o Supremo.
3.
Razões para levar o caso ao SupremoO juiz Sérgio Moro já recebeu as primeiras denúncias da Lava Jato na primeira instância e tem dado publicidade aos autos. No Supremo, as denúncias levariam mais tempo para serem apreciadas e o caso seguiria sob sigilo em razão das delações premiadas.