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Engenheiro diz ao MP que Bancoop deu apoio a Lula

Por AE
Atualização:

O engenheiro civil Ricardo Luiz do Carmo afirmou ao Ministério Público de São Paulo que em 2002, na campanha eleitoral para a Presidência da República, a direção da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) convocou um encontro com o objetivo de arrecadar doações para a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Carmo, a reunião foi realizada por ordem do então presidente da entidade, Luiz Eduardo Malheiro - que faleceu dois anos depois no interior de Pernambuco em acidente de carro. ?Ele (Malheiro) anunciou a todos os funcionários, empreiteiros e fornecedores da Bancoop o apoio a Lula e entregou material publicitário da campanha?, declarou o engenheiro, em depoimento de 7 páginas, segunda-feira. Alguns dias depois desse encontro, afirmou Carmo, ele foi chamado por Malheiro e por um diretor da tesouraria que o teriam comunicado sobre sua missão. ?Eu deveria pedir aos empreiteiros contribuições financeiras para campanhas eleitorais do PT. Eu avisei que não pretendia me envolver nesses pedidos, que não iria realizar qualquer ato que pudesse comprometer minha reputação.? Segundo ele, Malheiro e o outro dirigente afirmaram que, se Lula fosse eleito, a Bancoop e as construtoras ?seriam beneficiadas com mais empreendimentos e obras?. Para o promotor de Justiça José Carlos Blat, que conduz investigação sobre a Bancoop, o relato pode indicar caixa 2 na campanha do PT. O deputado Ricardo Berzoini, presidente do PT e fundador da Bancoop, afirmou em nota que nunca houve relacionamento financeiro entre a Bancoop e o partido. Para Berzoini, o noticiário sobre a Bancoop tem motivações eleitorais. ?Sou um alvo importante por ser presidente do PT.? O advogado da cooperativa, Luiz Flávio Borges D''Urso reagiu e disse que a atual administração da Bancoop ?tem feito exemplar trabalho de saneamento de suas finanças?. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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