BRASÍLIA - A Positivo e o consórcio formado pelas empresas Smartmatic e Diebold conseguiram corrigir falhas e acabaram sendo classificadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após atenderem às exigências mínimas do edital que prevê a compra milionária de novas urnas para as eleições municipais de 2020.
Os técnicos do TSE avaliaram nessa nova etapa a proposta técnica, o modelo de engenharia e os projetos apresentados pelas concorrentes. Após a avaliação, a comissão de assessoramento do tribunal calculou o índice técnico da Positivo e da Smartmatic/Diebold, que ficou respectivamente em 1,0 e 0,969. Ainda cabe recurso.
Em uma sessão extra, convocada às pressas durante as férias dos ministros, o TSE decidiu no último dia 8 dar uma nova chance para que elas resolvessem os problemas apontados. A compra mais recente de equipamentos foi feita em 2015.
No ano passado, a Positivo não atendeu o período mínimo de autonomia de bateria da urna, de dez horas, e não cumpriu exigências impostas à impressão de relatórios, de acordo com parecer da comissão de assessoramento do TSE. O consórcio liderado pela Smartmatic, por sua vez, foi desclassificado por não obedecer a critérios técnicos da licitação.
Como mostrou o Estado, o atraso na definição de quem vai fabricar as novas urnas fez o TSE mudar todo o cronograma da licitação. A entrega de todas as urnas, prevista para ocorrer inicialmente em 14 de agosto, deve ser estendida para 31 de agosto, de acordo com o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino. As eleições municipais estão marcadas para 4 de outubro.
Procurada pela reportagem, a assessoria do TSE não se manifestou até a publicação deste texto.