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Empresários vêem quadro eleitoral indefinido, diz Aécio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Faltando pouco menos de 14 meses das eleições presidenciais de 2002, ainda não há entre os chamados "pesos-pesados" do empresariado paulista um quadro consolidado sobre o processo sucessório. Esta foi a avaliação que o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), fez da conversa que teve ontem à noite, em jantar organizado pelo empresário Rodrigo Etchenique, filho de Miguel Etchenique, fundador do grupo Brasmotor. "Não há um quadro eleitoral sucessório consolidado. Vamos ter muitas emoções nos próximos meses e até a eleição", afirmou Aécio ao chegar ao gabinete da Presidência da Câmara. O deputado deixou claro que também compartilha da mesma avaliação feita pelos empresários. Participaram do jantar os empresários Olavo Setúbal, Roberto Setúbal, Antônio Ermírio de Moraes, Horácio Lafer Piva, Eugênio Staub, Roberto Teixeira da Costa, Luís Fernando Furlan, Roger Agnelli, Fernando Xavier, Marcos Magalhães, Castro Neto e Ana Maria Diniz, entre outros. Ele fez questão de ressaltar que aceitou o convite para o jantar na qualidade de presidente da Câmara, e não como um possível candidato à Presidência da República. "Não sou pré-candidato à presidente", afirmou. Segundo seu relato, a maior parte da conversa girou em torno dos projetos em tramitação na Câmara. "A sucessão presidencial foi discutida só na sobremesa", contou. Neves disse que existe, entre os empresários, uma dose maior de otimismo em relação à economia brasileira e à crise argentina do que havia há alguns meses. Imagem e ética Aécio Neves disse que não faz parte da pauta da reunião do colégio de líderes, marcada para esta tarde, a discussão sobre a verba para campanha publicitária destinada a melhorar a imagem da Câmara. Ele informou que, nas próximas duas semanas, pretende colocar em votação no plenário o projeto que institui o código de ética e conduta parlamentar. Na reunião de hoje, informou, cada um dos líderes deve indicar um representante para a comissão que irá negociar o projeto que restringe a imunidade parlamentar. O presidente da Câmara informou que pretende concluir nesta semana a votação do projeto que define a reforma do Código Civil. Além disso, disse que na próxima semana irá decidir se os servidores da Câmara irão receber, ainda este mês, parcela de reposição de perdas que teriam ocorrido durante a conversão dos salários de cruzeiros para URV, em fevereiro de 1994. Conforme seus cálculos, esta parcela corresponde a R$ 40 milhões. A expectativa de Aécio Neves é que a Câmara consiga este ano uma economia de R$ 133 milhões em seu orçamento de R$ 1,5 bilhão. Ele acredita que este ano deverá ocorrer um fato inédito: a devolução de parte do orçamento da Câmara ao Tesouro Nacional.

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