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Empresários querem ´agenda ambiciosa´ entre Brasil e EUA

Documento a ser entregue fala em Rodada Doha, bitributação e biocombustíveis

Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo de empresários reunido em oito entidades, entre as quais a Câmara Americana de Comércio Brasil-EUA e as Federações das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio (Firjan), quer "uma agenda mais ambiciosa" nas relações entre os dois países e afirma, em documento a ser entregue nesta sexta-feira, 9, aos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, que o setor privado "deseja ter um papel ativo nessa tarefa, formulando sugestões para o setor público e participando em mecanismos de acompanhamento público-privado já existentes". Segundo eles, é preciso somar esforços para que o Brasil consiga, nesse relacionamento, "um tratamento diferenciado comparável ao que hoje caracteriza as relações entre EUA e outros grandes países emergentes, como China e Índia". No entender dessas entidades, as relações entre os dois países "tornaram-se diversificadas e complexas ao longo das últimas décadas" e "não acompanharam, na dimensão necessária", essa evolução. Também assinam o texto o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Conselho Empresarial Brasil-EUA, o Instituto Ícone e o Movimento Brasil Competitivo (MBC). A nova agenda mencionada no texto, diz o documento, deve incluir esforços específicos em três temas básicos: primeiro, uma aliança para a conclusão bem-sucedida da Rodada Doha. Segundo, um tratado para evitar a bitributação nas relações comerciais. E terceiro, um programa bem estruturado na área de biocombustíveis. No item sobre a Rodada Doha, os empresários entendem que a cooperação "deve ser complementada pelo relançamento das negociações comerciais preferenciais entre os dois países em âmbito hemisférico ou bilateral. Isso permitirá maior acesso aos mercados para bens e serviços e fomentar investimentos, competitividade e inovação, bem como proteger direitos de propriedade". Na questão da bitributação, sugerem a assinatura de um tratado para evitá-la, o que se justifica "em particular pelo crescimento dos investimentos brasileiros nos EUA". No terceiro tema, o dos biocombustíveis, os autores do texto consideram que o memorando de entendimento a ser assinado hoje "é um primeiro passo no sentido de um programa de cooperação que deve incluir a pesquisa e o desenvolvimento nas fases agrícola e industrial, o estabelecimento de normas e padrões globais para o produto, investimentos bilaterais e terceiros mercados".

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