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Empresários comemoram recuo na 'MP dos Sacoleiros'

Por AE
Atualização:

Criticada por ter nascido exclusivamente para atender às pressões do Paraguai, a chamada ?MP dos Sacoleiros?, revogada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não deixará saudades nem no empresariado brasileiro nem entre os fiscais da Receita Federal. Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a decisão permitirá corrigir o timing político de um eventual apoio econômico ao país vizinho. A indústria de eletroeletrônicos, potencial prejudicada pela MP, comemorou com cautela, porque sabe que o tema pode ser retomado. ?Veio em boa hora?, comentou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. Ele disse que os deputados haviam modificado a MP, tornando-a mais prejudicial à indústria do que a proposta original do governo. A MP 380, ou ''MP dos Sacoleiros'', na prática legalizava o comércio na fronteira entre os dois países. Quando regulamentada, permitiria que empresas importadoras de pequeno porte trouxessem de R$ 100 mil a R$ 120 mil em mercadorias, com recolhimento único de tributos federais na fronteira. O texto foi editado em junho, após visita do presidente Lula ao Paraguai. Na época, havia forte tensão na Ponte da Amizade, que liga os dois países, pois a Receita estava fortalecendo o combate ao comércio ilegal. O diretor-adjunto do Departamento de Relações Internacionais da Fiesp, Thomaz Zanotto, disse que a MP é extemporânea, por isso a sua retirada foi uma boa notícia. ?Achamos que a situação do Paraguai é preocupante e poderíamos pensar na regulamentação do contrabando-formiga?, admitiu ele. Ponderou, porém, que agora não é o momento adequado para essa eventual medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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