
05 de outubro de 2011 | 08h15
A Dedini S/A Equipamentos e Sistemas divulgou nota para rebater as acusações feitas contra a empresa pelo Ministério Público Federal em ação civil ajuizada na Justiça Federal em Piracicaba (SP). Segundo a Procuradoria da República, a Dedini pagou boa parte de suas dívidas através da adjudicação de móveis e um imóvel superfaturados, que foram oferecidos – e aceitos sem avaliação oficial – por valores até oito vezes maior que os praticados no mercado.
A ação aponta envolvimento do procurador da Fazenda Nacional Edson Feliciano da Silva. Durante o período em que exerceu a função de seccional da Procuradoria da Fazenda Nacional em Piracicaba, Silva “decidiu resolver os problemas de infraestrutura do órgão na cidade”.
Segundo o Ministério Público Federal, Silva escolheu o prédio onde queria montar a nova sede da Procuradoria e “foi em busca de devedores que pudessem ajudá-lo na empreitada”.
“Através de conluio com diversas empresas, conseguiu um prédio novo, luxuosamente mobiliado, além de oferecer móveis para diversos outros órgãos”, sustenta a ação.
Silva escolheu o prédio, propôs à empresa que o comprasse e reformasse e, depois, oferecesse em adjudicação para o pagamento das dívidas.
Avaliado em R$ 3.18 milhões, em valores atualizados pelo Serviço de Patrimônio da União, o prédio foi adjudicado por R$ 8,18 milhões, o que causou prejuízo de R$ 5,19 milhões à União.
Em nota, a Dedini Equipamentos e Sistemas rechaça categoricamente as acusações. “A empresa quitou débitos tributários junto à União por meio do processo de adjudicações junto a Procuradoria da Fazenda Nacional, reforçando que não cometeu qualquer ilegalidade ou desvio de conduta.”
“Todos os bens adjudicados têm procedência comprovada e foram adjudicados a valor de mercado”, assinala a nota. “O imóvel que atualmente abriga a sede da Procuradoria Seccional da Fazenda Nacional em Piracicaba foi adquirido em leilão pela Dedini, reformado, modificado e mobiliado – para então ser oferecido em processo de adjudicação, com avaliação independente.”
A Dedini anota que em seus 90 anos de vida “sempre se pautou pela construção de uma imagem de responsabilidade, tradição e legalidade, portanto, a empresa estranha notícias como essa”.
“Após tomar ciência dos fatos de maneira oficial, e empresa irá prestar os esclarecimentos necessários e tomará todas as medidas jurídicas pertinentes”, conclui o texto.
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