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Empresa acusa filho de Erenice de cobrar para liberar crédito no BNDES

Israel Guerra teria exigido comissão de R$ 450 milhões para empresa obter empréstimo federal

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Consultor de uma empresa de Campinas acusa o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo de R$ 9 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

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Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira, 16, pelo jornal Folha de S. Paulo, a empresa EDRB do Brasil Ltda., interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, foi orientada no ano passado por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria, de Israel Guerra, para fazer avançar um projeto que estava parado desde 2002 na burocracia federal.

 

O empresário Rubnei Quícoli, representante da EDRB do Brasil Ltda., disse à Folha que a empresa obteve uma audiência oficial com a ministra da Casa Civil e, nos dois meses seguintes, foi orientada em reuniões com a participação de Israel Guerra sobre as condições para obter o financiamento do BNDES.

 

Os termos incluiriam seis pagamentos mensais à empresa do filho de Erenice Guerra e uma comissão de 5% sobre o valor do empréstimo, o equivalente a R$ 450 milhões.

 

Quícoli contou ter ficado "horrorizado de ter de pagar" e ter se sentido lesado ao receber a proposta do filho de Erenice. "Estive na Casa Civil junto com a Erenice", disse. "Eu fiquei horrorizado de ter que pagar R$ 40 mil por mês para eles terem um favorecimento de acesso."

 

Israel Guerra já é alvo de denúncia de tráfico de influência após reportagem publicada pela revista Veja segundo a qual ele teria atuado para facilitar a firma um contrato de uma empresa do setor aéreo com os Correios.

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A Casa Civil confirmou na quarta-feira, 15, que houve uma reunião com representantes da EDRB em novembro na sede da Presidência, mas negou que a ministra Erenice Guerra tenha participado, indica a reportagem.

 

"A audiência foi pedida inicialmente com a secretária-executiva, mas, por incompatibilidade de agenda, foi conduzida pelo então assessor especial e atual chefe de gabinete da Casa Civil", informou a assessoria.