PUBLICIDADE

Empreiteiras e bancos foram maiores doadores a Lula

Setor privado colaborou com R$ 11,9 milhões - pouco mais do que doado a Alckmin

Por Agencia Estado
Atualização:

As empreiteiras e os bancos foram os principais doadores da campanha pela reeleição do presidente Lula, contribuindo juntos com R$ 24,4 milhões para os cofres do PT, 27,5% do recurso financeiro declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As empreiteiras, lideradas pelo Grupo Camargo Correa, segundo maior doador individual, ao lado do Itaú, injetaram R$ 12,5 milhões nos cofres petistas, enquanto o setor financeiro colaborou com R$ 11,9 milhões - pouco mais do que o doado ao tucano Geraldo Alckmin. Os números revelam ainda que as empresas que prestam serviços ao governo e às estatais estão entre as que mais ajudaram financeiramente o petista a conquistar o segundo mandato. No ramo de petroquímica, por exemplo, inúmeras empresas que fornecem equipamento ou fazem obras para a Petrobras estão no topo da lista de doadores. É o caso da Acrinor, Conduto, Unigel e UTC Engenharia. Juntas, as quatro contribuíram com R$ 4,2 milhões. No total, o setor petroquímico desembolsou R$ 6,65 milhões. Apesar das queixas contra a valorização do câmbio, o setor de agrobusiness - com destaque para o sucroalcooleiro - também foi bastante generoso com o presidente Lula, despejando R$ 10,9 milhões na campanha pela reeleição. É neste ramo, justamente, que está o principal doador individual do PT: a Cutrale, a maior exportadora de sucos do País. A empresa deu R$ 4 milhões para Lula e apenas R$ 1 milhão para Alckminn. Ainda no agrobusiness, a holding JBS, controlador do frigorífico Friboi, aparece como o sexto maior doador individual do PT, com R$ 2.504.00 - apenas R$ 2 mil a menos que o Bradesco. No ano passado, o grupo Friboi se envolveu em uma polêmica com a União Democrática Ruralista (UD) por receber um financiamento de US$ 80 milhões do BNDES para adquirir um frigorífico argentino. Outra empresa beneficiada pelo governo que contribuiu para a campanha petista é a Cast Informática, que recentemente assinou um contrato de R$ 22,4 milhões com o Serpro para fornecer softwares de apoio. Ela também presta serviços e disputa licitações em muitos outros órgãos da administração federal e contribuiu com R$ 500 mil para os cofres do PT. Outro setor de peso na economia e no financiamento da campanha de Lula foi o da mineração e siderurgia. Juntos, os dois contribuíram com R$ 12,9 milhões. Individualmente, o Grupo Gerdau foi o maior doador do segmento, com R$ 3,1 milhões - quarta maior quantia entre os doadores do PT. Para a campanha de Alckminn, o grupo do empresário Jorge Geradu Johanpeter deu quase o mesmo valor: R$ 3 milhões. Entre os empresários, os gêmeos Alexandre e Pedro Grendene, foram os maiores doadores individuais para Lula: R$ 1 milhão cada, além de mais R$ 250 mil pela empresa. O empresário Eike Batista, ex-marido da modelo Luma de Oliveira, também contribuiu com R$ 1 milhão para o PT. Dos doadores da candidatura do PSDB, destaca-se o empresário e ex-sócio do Banco Multiplic Antonio José de Almeida Carneiro, com a cifra de R$ 1 milhão também. No conjunto, as instituições financeiras colaboraram com R$ 11,1 milhões para a campanha de Alckminn. As empreiteiras aparecem com doações de R$ 5,2 milhões. Colaborou Sônia Filgueiras

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.